Secretário Kadson Eduardo é o 'faz tudo' da gestão Allyson Bezerra
ESCÂNDALO KADSON
O advogado Kadson Eduardo, trazido para Mossoró pelo prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) para ser o “faz tudo” de sua gestão, tem condenação por falsidade ideológica, com status de trânsito e julgado, e pena de 2 anos de prisão (em regime aberto) e 10 dias-multa, com base no artigo 304 do Código Penal.
A sentença é da 12ª Vara Federal, com sede em Pau dos Ferros, que acolheu denúncia do Ministério Público Federal por falsificação de documento público.
A notícia chegou ao conhecimento público nesta quinta-feira, 18, pelo jornalista Bruno Barreto, que noticiou o fato em seu blog.
Pois bem.
Estamos diante de um escândalo de relevo.
Como é que um gestor público tem ao seu lado um secretário, na cota de alta confiança, condenado à prisão por falsificação ideológica?
Kadson já cuidou das pastas do Planejamento, das Finanças, do Gabinete e, mais recentemente, o prefeito o colocou na Secretaria da Cultura para cuidar dos contratos milionários do Mossoró Cidade Junina. Isso é muito grave.
“escândalo Kadson” deve abrir caminho – e olhos – do Ministério Público para investigar as suas pisadas na gestão municipal. Tem muita coisa suspeita para ser investigada.
O MP e outros órgãos de controle da coisa pública não podem fazer de conta que nada está ocorrendo.
Investigação já.
FRASE
“Essa foi uma decisão muito conversada com a família e amigos”
LARISSA ROSADO – Ex-vereadora e ex-deputada ao anunciar que não disputará as eleições 2024
CULTURA
Kadson Eduardo foi tirado às pressas da Cultura, após a descoberta da condenação por falsidade ideológica. O caso veio à luz do dia quando ele tentou se filiar ao União, partido do prefeito Allyson. A Justiça eleitoral atestou que ele estava com a ficha suja por ter condenação em definitivo.
CULTURA II
Para responder pela Cultura, Allyson Bezerra colocou Frank Felisardo, que estava no Desenvolvimento Econômico e Turismo. Felisardo aceitou “quebrar o galho” sem saber o que estava ocorrendo. Veja que tudo isso envolve a Cultura a pouco mais de um mês do Mossoró Cidade Junina.
BOMBA
Allyson Bezerra foi aconselhado a demitir Kadson Eduardo. Os mais próximos afirmam que não há ambiente para ele continuar, considerando o advogado como uma “bomba-relógio”. O chefe do Palácio da Resistência teme a reação de Kadson. O auxiliar, até aqui de confiança, sabe muito mais do que se imagina.
ORIGEM
Kadson é o homem de confiança de Allyson desde o mandato de deputado estadual. O advogado cuidava do gabinete na Assembleia Legislativa. Eleito prefeito, Allyson trouxe Kadson para Mossoró em janeiro de 2021.
TREM
Há 23 anos, empresários arrematavam o trecho ferroviário Mossoró/Sousa-PB, com 372 quilômetros de trilhos acompanhados de terrenos e prédios valiosos bem localizados, incluindo o nosso Corredor Cultural na Avenida Rio Branco. O martelo, pasmem, bateu por apenas R$ 2,7 milhões.
TREM II
Os empresários quiseram levar no pacote a histórica ponte férrea sobre o rio Mossoró. De sorte, o carioca Nivaldo Favaretto, dono do Centro de Educação e Cultura da Barra (RJ), fez a doação da ponte ao município, hoje tombada como patrimônio histórico da cidade.
É NOTÍCIA
1 - A ponte Jerônimo Rosado, sobre o rio Mossoró, completa hoje 80 anos de inaugurada, na gestão do prefeito Padre Motta. Trata-se da ponte de concreto mais antiga do Rio Grande do Norte, que liga o centro da cidade aos bairros da zona leste.
2 - Nesta data, em 1953, a empresa COMENSA instalava o serviço detelefones automáticos em Mossoró, distribuindo 300 aparelhos pela cidade. Na época, só a capital Natal contava com a nova tecnologia de comunicação.
3 - O piso salarial do comerciário de Mossoró será de R$1.420 para as empresas enquadradas como MEI, ME e EPP, e de R$ 1.400 para as demais. Valores entram em vigor neste mês de abril.
4 - Nasceu o segundo filho do casal Lawrence Amorim, presidente da Câmara de Mossoró, e Fátima Tereza, presidente do PSDB local. Tem nome bíblico: Davi.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.