Domingo, 17 de novembro de 2024

Postado às 09h30 | 11 Jun 2024 | Rogério Marinho chama Allyson Bezerra de omisso

Crédito da foto: Reprodução Senador Rogério Marinho e o prefeito Allyson Bezerra em 2022

O senador Rogério Marinho (PL) esgarçou a relação conflituosa com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil). Em discurso inflamado, diante do deputado federal Nikolas Ferreira (PL), que cumpriu agenda em Mossoró no fim de semana, o senador fez duras críticas ao chefe do Executivo, que, segundo ele, deu as costas ao bolsonarismo após ser beneficiado por recursos do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Para entender o confronto, é preciso voltar ao tempo e destacar duas datas que explicam o que está ocorrendo entre Rogério e Allyson:

1 – No dia 25 de março de 2022, Rogério, então ministro do Desenvolvimento Regional, anunciou em Mossoró a liberação de R$ 40 milhões para a construção do novo anel viário da cidade. Naquele momento, em evento no Palácio da Resistência, Rogério e Allyson posaram para foto com a documentação em mãos. O prefeito agradeceu o empenho do governo Bolsonaro para beneficiar Mossoró “com esta grande obra”.

2 – No dia 21 de fevereiro de 2024, em palanque instalado no canteiro de obras do anel viário de Mossoró, o prefeito Allyson fez um discurso ressaltando o seu trabalho, afirmando que estava autorização a “maior obra” em Mossoró “de todos os tempos”, sem citar a origem dos recursos. Allyson sequer convidou o senador Rogério Marinho para se fazer presente ao evento.

O senador, decepcionado com a atitude de Allyson, emitiu uma nota, repercutida na imprensa e nas redes sociais, lembrando ao prefeito que os recursos do anel viário foram conseguidos no governo Bolsonaro e por ele, Marinho, quando exercia o cargo de ministro do Desenvolvimento Regional.

A decepção de Rogério Marinho vem desde o segundo turno das eleições de 2022, quando, segundo ele, Allyson Bezerra negou apoio à candidatura à reeleição de Bolsonaro. O senador reconhece que o prefeito o apoiou no primeiro turno, mas não entende que no momento mais importante Allyson se “escondeu”.

“Nós não tivemos por parte das lideranças formais de Mossoró o engajamento, o apoio e o comprometimento quando o Brasil precisou de nós. E eu caminhei pelas ruas de Mossoró no segundo turno ao lado de muito poucos, inclusive o prefeito de Mossoró, tão ajudado, se omitiu, se escondeu e não ajudou o presidente Bolsonaro. Nós temos a responsabilidade de não deixar que se repita”, discursou Rogério ao lado do ex-vereador Genivan Vale, pré-candidato do PL à Prefeitura de Mossoró.

Vice

O rompimento político entre o senador e o prefeito se confirmou em março deste ano, quando Allyson rejeitou um nome do PL para compor a sua chapa como vice. Na última reunião, com a negativa do prefeito, o líder do bolsonarismo potiguar afirmou que o partido lançaria candidatura própria para enfrentar o prefeito nas eleições de 6 de outubro, surgindo, aí, a pré-candidatura de Genivan Vale.

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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