Jornal de Fato
Dos atuais 23 vereadores da Câmara Municipal de Mossoró, apenas 8 retornarão ao plenário da Casa em 1º de janeiro de 2025. Essa é uma das maiores mudanças da história do Legislativo mossoroense promovidas pelas urnas de 2024, confirmando as expectativas, dada ao péssimo rendimento da atual legislatura.
É importante pontuar que seis atuais vereadores não concorreram à reeleição, enquanto outros 17 foram candidatos. Destes, nove foram derrotados nas urnas, enquanto oito saíram vencedores.
O União Brasil foi o partido que mais perdeu vereadores. Dos 14 candidatos à reeleição, sete foram eliminados pelas urnas: Francisco Carlos, Marckuty da Maísa, Edson Carlos, Gideon Ismaias, Didi de Arnor, Costinha e Marrom Lanches.
Os outros não reeleitos foram Paulo Igo (MDB) e Omar Nogueira (PV). Já os vereadores Lawrence Amorim (PSDB), Carmem Júlia (MDB), Isaac da Casa (MDB), Pablo Aires (PV), Tony Fernandes (Avante) e Zé Peixeiro (Republicanos) não tentaram a reeleição. No caso de Lawrence e Carmem, eles formaram chapa majoritária terminando na segunda colocação à Prefeitura, com 16.115 votos (11,11%).
Outros sete do União foram reeleitos: Lucas das Malhas, Raério Cabeção, Genilson Alves, Tony Cabelos, Wiginis do Gás, Ozaniel Mesquita e Ricardo de Dodoca.
O fato de o partido do prefeito Allyson Bezerra ter perdido sete vereadores não significa que a base governista saiu derrotada. Pelo contrário. Com apoio do Palácio da Resistência, todos os candidatos escolhidos pelo prefeito foram eleitos, com cinco do PSD: Petras Vinícius, João Marcelo, Vladimir Cabelo de Negro, Kayo Freire e Alex do Frango; e dois do Solidariedade: Thiago Marques e John Kenneth.
Somando os eleitos pelo União Brasil (7), PSD (5), Solidariedade (2) e mais 1 do REDE, Vavá, os partidos liderados por Allyson elegeram 15 vereadores, o que garante maioria confortável ao prefeito na segunda gestão.
Já a oposição conseguiu eleger apenas seis vereadores, com destaque para o PT e PL que emplacaram duas cadeiras na Câmara cada: Marleide Cunha, reeleita, e Plúvia pelo PT; Jailson Nogueira e Mazinho do Saci pelo PL. Os dois eleitos foram Dr. Cubano, pelo PSDB, e Cabo Deyvison, pelo MDB.
Um ponto negativo é a baixa representatividade das mulheres na Câmara de Mossoró. Elas ocuparão apenas duas cadeiras com as petistas Marleide Cunha e Plúvia.
O destaque entre os eleitos fica para o ex-vereador Petras Vinícius, que retorna à Câmara como vereador mais votado, com 4.638 votos.
Confira os vereadores eleitos por partido:
UNIÃO BRASIL (7 eleitos)
- Lucas das Malhas: 3.504
- Wiginis do Gás: 3.214
– Genilson Alves: 3.038
– Raério Cabeção: 2.964
- Tony Cabelos: 2.739
- Ozaniel Mesquita: 2.241
- Ricardo de Dodoca: 2.226
PSD (5 eleitos)
- Petras: 4.638 votos
- João Marcelo: 4.125
- Alex do Frango: 3.363
- Vladimir Cabelo de Negro: 3.109
- Kayo Freire: 1.938
SDD (2 eleitos)
- Thiago Marques: 4.272
- John Kenneth: 1.730
PT (2 eleitos)
- Marleide Cunha: 3.408
- Plúvia: 2.599
PL (2 eleitos)
- Jailson Nogueira: 3.350
- Mazinho do Saci: 2.654
REDE (1 eleito)
- Vavá: 3.461
MDB (1 eleito)
- Cabo Deyvison: 1.776
PSDB (1 eleito)
- Dr. Cubano: 1.515
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.