Domingo, 17 de novembro de 2024

Postado às 10h45 | 30 Out 2024 | MDB ganhou mais prefeituras no RN; União obteve maior número de votos

Crédito da foto: Reprodução Vice-governador Walter Alves lidera o MDB no Rio Grande do Norte

O MDB foi o partido que elegeu mais prefeitos e prefeitas no Rio Grande do Norte. Um total de 45 prefeituras distribuídas em todas as regiões do interior do estado. No entanto, é o União Brasil que governará para um maior número de eleitores a partir de 1º de janeiro de 2025, embora a legenda tenha ganhado menor número de prefeituras, no total de 28.

Levando em conta os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os prefeitos e prefeitas eleitos (as) pelo MDB somaram 207.307 votos. Já o União Brasil, mesmo com menor número de prefeituras conquistas somou 435.171 votos.

As prefeituras conquistadas pelo MDB, em sua maioria, são de municípios de pequeno porte, embora algumas cidades, como Apodi e Patu, no médio-alto oeste, destacam-se no cenário regional, sob a liderança do vice-governador Walter Alves, presidente estadual do partido.

Em Apodi, por exemplo, o MDB mantém o poder há mais de uma década e elegeu o futuro prefeito Sabino Neto, apoiado pelo atual prefeito Alan Silveira, com 13.902 votos (55,30%). Na cidade de Patu, o prefeito emedebista Rivelino Câmara elegeu o sucessor, Dr. Ednardo Moura, com 4.553 votos (51,50%).

Já o grande número de votos acumulados pelo União Brasil é sustentado pelos dois maiores colégios eleitorais do estado, onde o partido elegeu os prefeitos. Em Natal, o prefeito eleito Paulinho Freire recebeu 222.661 votos (55,34%), enquanto em Mossoró o prefeito reeleito Allyson Bezerra obteve 113.121 votos (78,02%). Os dois juntos somaram 335.782 votos. Os outros 27 eleitos pelo União dividiram 99.389 votos, ou seja, vão governar municípios de pequeno porte.

Na terceira colocação ficou o PSD com 21 prefeituras conquistadas e 179.830 votos obtidos. A legenda, que se destacou nas eleições municipais de todo o país, com 871 prefeituras conquistadas que somam 37,3 milhões de pessoas, saiu grande das urnas do RN e, provavelmente, terá influência direta nas eleições estaduais de 2026.

Na sequência aparecem o Progressistas com 20 prefeituras e 102.074 votos obtidos e o PSDB que somou 102.073 votos e 15 prefeituras conquistadas.

O Partido Liberal (PL), liderado pelo senador Rogério Marinho, cresceu nas eleições municipais do RN, embora tenha ficado na sexta colocação com 84.246 votos e 18 prefeituras.

Mais seis partidos vão governar municípios potiguar a partir de janeiro de 2025:

- PT: 7 prefeituras (27.904 votos)

- Podemos: 6 prefeituras (17.821 votos)

- Republicanos: 4 prefeituras (33.048 votos)

- Solidariedade: 1 prefeitura (47.882 votos)

- PDT: 1 prefeitura (10.711 votos)

- PSB: 1 prefeitura (3.529 votos)

 

União Brasil quer disputar o Governo do RN em 2026

O ex-senador José Agripino Maia, presidente estadual do União Brasil, entende que o seu partido pode liderar um projeto com legendas de centro para disputar o Governo do Rio Grande do Norte nas eleições 2026. Ele acredita que o União pode atrair o Republicanos, Progressistas, Solidariedade, Avante e outras legendas que fazem oposição ao governo Fátima Bezerra (PT).

Se depender de Maia, o prefeito de Mossoró Allyson Bezerra será o candidato a governador. Reeleito com 78,02% dos votos válidos, Allyson sonha disputar o governo, embora, de público, não diga isso com todas as letras. No entanto, o prefeito é a chamada bola da vez.

Mas há posição conflitante dentro do União. O prefeito eleito de Natal Paulinho Freire tem compromisso com o senador Rogério Marinho, líder do PL, para o Governo do Estado. Foi Marinho que viabilizou o palanque vitorioso de Paulinho, que teve apoio decisivo do prefeito Álvaro Dias, do Republicanos. Os três formaram aliança em 2024 extensiva ao pleito eleitoral de 2026.

Dessa forma, o União terá dificuldades para manter Allyson e Paulinho na mesma casa, podendo um dos dois, ou os dois, buscarem novas legendas.

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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