Domingo, 17 de novembro de 2024

Postado às 09h00 | 14 Nov 2024 | Coluna César Santos - 14 de novembro de 2024

Crédito da foto: Agência Brasil Trabalhador da construção civil

NÃO CABE O DEBATE MENOR

A redução da jornada de trabalho defendida pela deputada federal Erika Hilton (Psol-SP), por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que vai tramitar na Câmara (as 194 assinaturas estão asseguradas), precisa ser debatida longe da atmosfera ideológica e da arena direita X esquerda). E, para isso, há uma realidade que deve ser colocada à mesa.

Por exemplo, o Brasil é um dos países com uma das jornadas de trabalho mais longas, por consequência, temos um aumento em alta escala de casos de burnout, estresse e problemas de saúde mental. Uma jornada de trabalho de 36 horas, como propõe a PEC, reduziria essa consequência, segundo especialistas.

Noutra ponta, uma jornada menor obrigaria o mercado de trabalho, privado e público, a contratar mais profissionais, beneficiando o emprego. Na coluna do meio, alguns riscos consideráveis. Um deles é no comportamento do próprio trabalhador.

O tempo livre extra, oferecido pela PEC, poderá ser opção do trabalhador para aumentar a sua renda. Isso, de certa forma, já ocorre com categorias que tem folga mais longa no trabalho.

Policiais, em parcela considerável, usam o seu tempo extra para fazer “bico” como segurança de estabelecimentos privados. A consequência é uma sobrecarga de trabalho ainda maior, o que bate de frente com a proposta Erika Hilton. As jornadas mais curtas são uma tendência mundial, com objetivo de promover qualidade de vida das pessoas.

Mas esse não é um processo de fácil solução.  A PEC que acaba com a escala 6 x 1 precisa ser encarada com responsabilidade que o processo exige.

Não cabe as garras afiadas da política menor nesse ambiente. Que assim seja.

 

FRASE

“Estamos falando sobre melhorar a qualidade de vida das pessoas”

ISOLDA DANTAS – Deputada estadual do RN a favor da PEC que acaba com a jornada de trabalho 6x1

 

REVIRAVOLTA

O prefeito eleito de Areia Branca, ex-deputado Souza (União), perdeu batalha importante e corre o risco de não assumir o mandato. A Procuradoria Regional Eleitoral deu parecer contrário à sua elegibilidade. Antes, o juiz Eduardo Pinheiro, convocado pelo TRE-RN, havia decidido nesse sentido.

 

NOVA ELEIÇÃO

Souza tem condenação transitado e julgado, logo, tornou-se inelegível. Mas às vésperas das eleições, a desembargadora Berenice Capuxú o permitiu ser votado por meio de uma liminar, agora derrubada. Nesse caso, é possível que Areia Branca tenha novas eleições para prefeito.

 

EPÍLOGO

Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB) foi reeleito presidente da Assembleia Legislativa para viver o seu último capítulo na Casa. Ficará até 2026, completando assim 11 anos na presidência. O parlamentar vai tentar um mandato majoritário nas próximas eleições, para senador ou vice-governador.

 

ALERTA

O acidente sofrido pelo prefeito de Patu, Rivelino Câmara (MDB), alerta para a quantidade de animais nas estradas da região Oeste. O carro de Rivelino bateu de frente em uma vaca. De sorte, danos apenas materiais. Mas outras vidas foram abreviadas recentemente. Que fique o alerta.

 

PROMESSA

Estamos a 17 dias da abertura oficial da Festa de Santa Luzia 2024, e o prefeito Allyson Bezerra (União) ainda não cumpriu a promessa de retirar o “vuco-vuco” que ele montou ao redor da Catedral. Os fiéis seguem suportando o mau cheiro e outros problemas.

 

REITORIA

Vai começar a sucessão na Reitoria da Uern, com a reitora Cicília Maia favoritíssima a renovar o mandato. De acordo com o calendário eleitoral, o registro de candidaturas deve ser feito nos dias 2 a 4 de dezembro.

 

É NOTÍCIA

1 - Com inflação batendo os 190%, o banco central da Argentina colocou em circulação a nota de 20 mil pesos, que equivale a cerca de 115 reais. Los hermanos seguem atolados na crise.

O vereador Ozaniel Mesquita (União) pede ao governo a reativação da unidade móvel do Hemocentro, para reforçar a coleta de doação de sangue. O ônibus deixou de operar em Mossoró em 2018.

Nesta data, em 1927, a antiga praça Seis de Janeiro passava a se chamar de Rodolfo Fernandes, em homenagem ao prefeito que liderou resistência ao bando de Lampião. Iniciativa do intendente Hemetério Fernandes de Queiroz.

Nesta data, em 2003, a localidade rural favela ganhava a Escola Municipal Francisco Souto. Obra da terceira gestão da ex-prefeita Rosalba Ciarlini.

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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