Quinta-Feira, 29 de maio de 2025

Postado às 09h15 | 27 Mai 2025 | Sucessão da governadora Fátima tem três nomes em pré-campanha

Crédito da foto: Reprodução Urna eletrônica

A sucessão da governadora Fátima Bezerra (PT) está se desenhando com três nomes prováveis e outras alternativas que podem viabilizar candidaturas ao Governo do Rio Grande do Norte em 2026. Nesse momento, porém, estão como pré-candidatos e em pré-campanha:

1 – Carlos Eduardo Xavier (PT), secretário estadual da Fazenda;

2 – Rogério Marinho (PL), senador e líder da direita no estado;

3 – Allyson Bezerra (União Brasil), prefeito de Mossoró.

A candidatura de Cadu Xavier, como é mais conhecido o titular da Fazenda, é defendida pela governadora Fátima. Em todas as entrevistas concedidas recentemente, ela afirmou que o projeto do PT é caminhar com Cadu em 2026.

“Cadu tem participado de todos os seminários regionais, participa da vida interna do PT, dos debates internos do partido. O nome dele cresce do ponto de vista de entusiasmo e de unidade dentro do PT”, defendeu a governadora durante a agenda em Mossoró na semana passada.

A governadora acredita que o seu grupo político estará coeso em torno da candidatura de Cadu, inclusive, o vice-governador Walter Alves (MDB), que já declarou apoio ao nome do PT. Walter será governador a partir de abril do próximo ano, quando Fátima Bezerra se desincompatibilizará do cargo para disputar uma vaga ao Senado. Mesmo tendo o direito natural à reeleição, ele decidiu que não será candidato, abrindo caminho para Cadu.

Rogério Marinho também assumiu a condição de pré-candidato. No fim de semana, participando do projeto Rota 22, ele afirmou que o nome está posto ao Governo do RN como contraponto à gestão Fátima Bezerra. “Eu tenho uma missão a cumprir”, afirmou, deixando claro que disputará o governo.

O senador, inclusive, tratou de afastar a possibilidade de ser candidato a vice-presidente da República numa eventual chapa do PL. “Eu não tenho nenhuma dúvida em afirmar que o PL vai ter candidato a presidente da República. E tendo candidato a presidente da República, que preferencialmente é Jair Bolsonaro, ou quem ele indicar, não tem sentido um sanduíche de pão com pão, ou seja, dois do mesmo partido na mesma chapa”, disse em entrevista ao jornal Tribuna do Norte. “A gente tem que ampliar o palanque. Bolsonaro candidato ou quem ele indicar do PL naturalmente uma candidatura de vice-presidente teria que vir de um partido aliado”, justificou.

Já o prefeito Allyson Bezerra aposta em via própria para disputar o governo estadual em 2026. A sua estratégia é evitar a disputa ideológica entre esquerda X direita e construir um palanque alternativo, por isso, rejeita aliança com o lulismo, representado pela governadora Fátima, e se distancia do bolsonarismo, liderado pelo senador Rogério.

Allyson Bezerra aposta na experiência vitoriosa de Mossoró para fortalecer a sua provável postulação a governador. A sua gestão em Mossoró, com alto índice de aprovação popular, é o “case de sucesso” que ele pretende apresentar ao resto do estado.

 

Outros nomes podem ser alternativa

O ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), tem afirmado que o seu projeto eleitoral em 2026 é a disputa majoritária, ou seja, candidatura a governador ou a senador. No entanto, o seu projeto depende de aliança de partidos de oposição alinhados à direita, como é o caso do PL, que já tem como pré-candidato a governador o senador Rogério Marinho.

Nesse caso, Álvaro Dias tem a opção de preencher a possível chapa de Rogério como candidato ao Senado. A outra vaga ao Senado ficará com Styvenson Valentim (PSDB), que buscará a reeleição.

Todavia, uma postulação de Valentim ao Governo do Estado não pode ser descartada, embora ele tenha se mostrado interessado na renovação do mandato de senador. Nos últimos dias, Styvenson fez referência elogiosa a Rogério Marinho, deixando a entender que uma composição com o bolsonarismo potiguar, representado por Rogério, é possível.

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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