O Conselho Universitário da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Cosuni/Uern), presidido pela reitora Cicília Maia, aprovou nesta terça-feira, 9, as indicações de títulos honoríficos e mérito administrativo que serão outorgados pela Universidade neste ano. As homenagens serão concedidas na tradicional Assembleia Universitária, em 28 de setembro, que celebra o aniversário de 56 anos da Uern.
O título de Doutor Honoris Causa será concedido ao músico Dorgival Dantas. Nascido em 1971,em Olho D’água do Borges, Dorgival Dantas é, atualmente, um dos principais expoentes da cultura nordestina e do tradicional forró brasileiro – ao lado de nomes como Flávio José, Chambinho do Acordeon, Mestrinho, entre outros – colocando o Rio Grande do Norte em relevância pela qualidade do seu trabalho e pela referência que, ao longo do tempo, tem se tornado para uma nova geração de músicos.
Intérprete, compositor, arranjador, produtor musical, sanfoneiro, o legado de Dorgival Dantas vai além do deixado pela música. Em abril de 2024, Dorgival foi nomeado embaixador do turismo potiguar, em reconhecimento pelo seu papel de promover a cultura e as belezas naturais do estado.
Já o título de Professor Honoris Causa foi para Luiz Katu. Esta é a primeira vez que a Uern irá homenagear com um título honorífico uma personalidade indígena.
Luiz Katu possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (2003). Luiz Katu é uma liderança indígena potiguar de forte atuação, e encabeçou a luta pela implantação de uma escola indígena na comunidade de Canguaretama.
A Escola Municipal João Lino da Silva, localizada em Canguaretama, tornou-se a primeira escola indígena do Rio Grande do Norte, tendo Luiz como o primeiro diretor da instituição, além de ser professor de etno-história. Reconhecida pelo Ministério da Educação e pelas secretarias municipal e estadual de educação, a escola tornou-se referência estadual no debate sobre implantação de escolas indígenas em outros territórios.
Na Uern, por exemplo, o cacique Luiz Katu tem atuado em forte parceria com o Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas (NEABI) e com a Diretoria de Ações Afirmativas e Diversidade (DIAAD).
O Diploma de Mérito Administrativo foi para a servidora Myrths Flávia Vidal da Costa Wanderley. Natural de Marcelino Vieira, iniciou sua jornada na Uern em 1987, quando ingressou como aluna de graduação no curso de Ciências/Matemática, graduando-se em 1993. Cinco anos depois, retornou à Uern como servidor, não mais deixando a instituição desde então, completando mais de 25 anos de serviços prestados à Universidade.
Para o título de Professor Emérito, a escolhida foi a professora Marlúcia Barros Lopes Cabral. Graduada em Pedagogia pela Uern, e doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), atualmente é professora aposentada da Uern. Foi chefe do Departamento de Letras e Diretora do CAA/UERN, por dois mandatos consecutivos (2014-2021). Mesmo após sua aposentadoria, permanece membro do grupo de pesquisa PRADILE (Uern) e docente do Profletras, unidade de Assú.
A reitoria Cicília Maia parabenizou os servidores homenageados, bem como os demais indicados aos títulos honoríficos. “Todos que foram indicados merecem o nosso reconhecimento. São pessoas valorosas na construção da nossa Universidade”, declarou.
Durante a Assembleia Universitária, também será entregue a Medalha da Abolição de 2024. Como homenageados foram escolhidos, Irmã Zelândia (do Colégio Sagrado Coração de Maria), de Laplace Rosado Coelho, in memoriam, (ex-presidente da Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte – FURRN e ex-reitor da Uern), e de Pedro Fernandes Ribeiro Neto, ex-reitor da Uern.
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