Por g1
O dólar fechou em forte queda nesta terça-feira (17), negociado abaixo de R$ 5, com os mercados avaliando a possibilidade de alívio nas restrições de combate à Covid-19 na China, em dia de forte desvalorização da moeda norte-americana no exterior.
A moeda norte-americana caiu 2,14%, vendida a R$ 4,9419. Veja mais cotações. É o menor patamar de fechamento desde 4 de maio (R$ 4,90).
Na segunda-feira, o dólar fechou em queda de 0,14%, a R$ 5,0501. Com o resultado desta terça, passou a acumular leve queda de 0,01% no mês. No ano, o recuo é de 11,35% frente ao real.
O que está mexendo com os mercados?
No exterior, os mercados mostraram alívio com a esperança de uma retomada na China, uma vez que as autoridades começaram a relaxar as restrições da Covid-19. Os mercados internacionais sofreram nas últimas semanas por temores de que lockdowns na segunda maior economia do mundo levariam a uma desaceleração econômica mundial.
Na Europa, dados revisados mostraram que o crescimento econômico da zona do euro foi mais forte do que o anteriormente esperado no primeiro trimestre e que o emprego também aumentou, apesar da guerra na Ucrânia. O Produto Interno Bruto (PIB) dos 19 países que compartilham o euro subiu 0,3% no período de janeiro a março sobre os três meses anteriores.
Nesse contexto, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- recuava nesta terça, ficando bem abaixo de um pico em duas décadas atingido na semana passada.
Os investidores seguiram monitorando pistas sobre o ritmo da elevação dos juros nas principais economias do mundo. Juros mais altos nos EUA tornam os investimentos em títulos do tesouro norte-americano (treasuries) mais rentáveis, valorizando o dólar frente a outras moedas e drenando liquidez de países emergentes como o Brasil.
Na cena doméstica, a FGV mostrou que o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) desacelerou a alta para 0,10% em maio, ante 2,48% em abril, com alívio nos preços de commodities agrícolas e minerais.
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