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Postado às 09h00 | 19 Nov 2022 | Redação Taxa de desocupação tem o melhor trimestre dos últimos 9 anos no RN, aponta IBGE

A taxa de desocupação foi de 10,5% para o 3º trimestre (julho, agosto e setembro), estatisticamente estável em relação ao trimestre anterior (12%). Numericamente, trata-se do melhor trimestre desde 2013, quando o estado apresentou uma taxa de 10,2%

Crédito da foto: Arquivo/Agência Brasil Em território potiguar, a taxa de desocupação foi de 10,5%

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta semana os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) trimestral. O levantamento traz indicadores de trabalho e rendimento para o 3º trimestre (julho-agosto-setembro) de 2022, com informações sobre estados, regiões metropolitanas e capitais.

Com o objetivo de acompanhar a conjuntura do mercado de trabalho do país, a PNAD-C vem apontando para uma tendência de queda na desocupação no país. Em território potiguar, a taxa de desocupação foi de 10,5%, estatisticamente estável em relação ao trimestre anterior (12%), mas apresentando queda quando comparada ao mesmo trimestre de 2021 (14,7%). Numericamente, trata-se do melhor trimestre desde 2013, quando o estado apresentou uma taxa de 10,2%. Ainda assim, esse valor representa a 8ª maior taxa de desocupação do país, em ranking liderado pela Bahia (15,1%).

Em números absolutos, essa taxa representa cerca de 163 mil pessoas que não conseguiram atividade laboral no estado, uma diminuição de cerca de 25 mil pessoas em relação ao trimestre anterior. Quando comparado ao mesmo trimestre do ano de 2021 (221 mil), há uma queda de 26,1%.

São consideradas desocupadas as pessoas que estavam sem trabalho e que tomaram alguma providência para conseguir emprego, como entregar currículo, atender a entrevistas de emprego, inscrever-se em concurso, entre outras atitudes. Essas pessoas estavam disponíveis para assumir o posto de trabalho naquela semana caso o tivessem encontrado, porém não obtiveram êxito.

A PNAD-C também permite verificar a situação da desocupação em diferentes grupos, permitindo indicar outros tipos de desigualdades presentes no território. Uma delas é a de gênero. Entre os homens a taxa de desocupação foi de 9,2%, enquanto entre as mulheres ela foi de 12,3%. Trata-se de uma diferença que se manteve em relação ao trimestre anterior (10,7% e 13,8%, respectivamente).

A taxa de desocupação também é diferente quando se observa a cor ou raça da população. No RN, esse indicador foi de 11,1% para pessoas brancas, 9,1% para pessoas pretas e 10,4% para pessoas pardas. Em números absolutos, são 65 mil pessoas brancas desocupadas, ao passo que pretos e pardos somam 98 mil.

Em termos de escolaridade, a desocupação no RN é de 4,3% para quem não tem instrução ou tem até 1 ano de estudo; de 9,9% para aqueles com ensino fundamental completo; 11,3% entre as pessoas com ensino médio completo e 4,8% para os que possuem diploma de ensino superior. Ademais, do contingente de 163 mil desocupados, cerca de 132 mil (81%) têm o ensino médio completo como maior nível de instrução.

Em Natal, observou-se um leve aumento na taxa de desocupação, saindo de 9,5% no 2º trimestre deste ano para 11,2% no seguinte. Apesar disso, este pequeno incremento é considerado estabilidade, tendo em vista a ausência de significância estatística. Em comparação a outras capitais nordestinas, a capital potiguar tem a 3º menor taxa de desocupação, ficando acima apenas de Fortaleza (8,1%) e Teresina (9,7%).

Informalidade permanece estável e atinge 43,9% da população ocupada do estado

A PNAD-C também registrou que das 1.391.000 pessoas ocupadas, cerca de 43,9% (611 mil) estão na informalidade. Esta taxa de informalidade é a menor entre os estados do Nordeste, sendo o Maranhão o estado com maior percentual (59,1%).

Em relação a distribuição das pessoas ocupadas por posição na ocupação, a PNAD aponta poucas modificações em relação ao trimestre anterior, com o empregado do setor privado representando 45,9%; o trabalhador por conta própria, 26,1%; 15,9% de empregados no setor público; 5,8% de trabalhadores domésticos; 4,5% de empregadores e 1,7% de trabalhadores familiares auxiliares.

Na comparação com o trimestre anterior, verifica-se um incremento de cerca de 19 mil pessoas ocupadas entre os empregados do setor privado. Se comparado com o mesmo trimestre do ano anterior, há um aumento de 59 mil trabalhadores neste setor. Nas outras categorias, a variação é mínima, sugerindo estabilidade do indicador.

Em termos de ocupação por grupamento de atividades no trabalho principal, o comércio continua a ser o setor que mais emprega no estado, representando 22,6% no volume de pessoas ocupadas. Em segundo está a administração pública com 20,1%. O setor de transporte, armazenagem e correios é o que possui menor participação no mercado de trabalho potiguar, representando cerca de 3,9% das pessoas ocupadas.

O rendimento médio mensal de todos os trabalhos foi, no RN, de R$ 2.015,00, valor acima da média da região nordeste (R$1.858,00), porém abaixo da média nacional (R$2.737,00). No Nordeste, apenas RN e Alagoas registraram diminuição no rendimento mensal em relação ao trimestre anterior, quando a pesquisa apontava valores de R$ 2.052,00 para o estado potiguar. Já Alagoas saiu de R$1.851,00 no trimestre anterior, para R$1.843,00 no levantamento atual.

Além disso, a diferença do rendimento médio mensal entre homens (R$2.133,00) e mulheres (R$1.841,00) foi de 292 reais, a terceira maior da região nordeste – ficando atrás apenas da Paraíba (R$428,00) e do Ceará (R$377,00).

A pesquisa traz também a massa de rendimentos de todos os trabalhos, que no RN foi de 2,7 bilhões de reais, quarto menor valor entre os estados do Nordeste. Quando comparado com o trimestre anterior, o Rio Grande do Norte foi um dos três estados do país que registraram diminuição destes valores (-1,8%), ao lado de Roraima (-2,4%) e Acre (-6,9%). Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o estado registrou um incremento real de 0,6%, o que ainda o coloca entre os três estados com menor crescimento.

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