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Postado às 16h15 | 23 Dez 2022 | Redação PIB do RN mantém estabilidade na pandemia; Natal cai e Mossoró cresce

Crédito da foto: Wilson Dias/Agência Brasil Na capital potiguar a queda foi de 3,65%, enquanto a capital do Oeste cresceu 1,64%

O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Norte no ano de 2020 se manteve estável, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A informação foi divulgada pela Fecomércio potiguar nesta quinta-feira (22) destacou que o índice em Natal registrou queda e em Mossoró alta.

De acordo com a publicação, na capital potiguar a queda foi de 3,65%, enquanto a capital do Oeste cresceu 1,64%. Em termos regionais, em 2020 o RN tinha o quinto maior PIB entre as unidades da federação da região Nordeste: R$ 71,5 bilhões, praticamente uma estabilidade em relação aos R$ 71,3 bilhões (+0,34%) em relação ao ano anterior.

Em situação econômica melhor, estão Bahia (1º) cujo indicador chega ao R$ 305 bilhões. Pernambuco (2º), Ceará (3º) e Maranhão (4º) completam os quatro mais ricos. Abaixo do Rio Grande do Norte estão Paraíba (6º), Alagoas (7º), Piauí (8º) e Sergipe (9º), que gerou R$ 45 bilhões em riquezas. Em comparação a 2019, apenas Pernambuco teve encolhimento (-2,3%). O estado que mais cresceu foi o Maranhão, com 9,84%.

Analisando os números no âmbito dos municípios do RN, Natal teve retração de 3,65% no PIB no primeiro ano de pandemia em comparação a 2019. O PIB saiu de R$ 30,5 bilhões – representando 42,27% do PIB estadual – para R$ 29,1 bilhões, ou 40,73% do indicador no RN. Um dos segmentos mais afetados pelas medidas restritivas, o de serviços, apresentou uma queda de R$ 1,054 bilhão: redução de R$ 24,982 bi em 2019 para R$ 23,927 bi em 2020.

Segundo Marcelo Queiroz, presidente da Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte, o impacto foi sentido na economia potiguar, mas os passos para a retomada seguem em andamento. (Fecomércio-RN) “Toda a economia se retraiu. A recuperação passa pela retomada econômica que já começou, mas que ainda tem alguns passos importantes a serem trilhados. Especialmente o segmento de serviços, passa diretamente pelos resultados do turismo”, afirmou.

Entre estes passos, a alta estação, no verão, deve interferir para que resultados positivos no PIB local possam acontecer nos próximos levantamentos. “Teremos o aumento de nada menos que 592 voos pousando no Aeroporto Aluízio Alves entre os meses de dezembro e fevereiro na comparação com o mesmo período de 2021/2022. Somente nestes voos extras, teremos potencial para algo em torno de 220 mil turistas a mais no estado. Isso é muito importante, ainda, pelo fato de que neste período pós-pandemia vimos o percentual de turistas que nos visitam na alta estação e chegam por via aérea despencar de 80% a 85% para uma média de 47% (dados de julho deste ano)”, analisou.

Outro ponto levantado por Queiroz é de que o turista que parte dos turistas que vêm ao estado costumam vir de lugares mais distantes. “Lembrando que este turista aéreo, como vem de pólos mais distantes, tende a ficar mais tempo por aqui e, em consequência, gastar mais. Do ponto de vista financeiro, considerando o gasto médio diário individual do turista de alta estação medido em julho deste ano (em torno de R$ 300) e a expectativa de permanência média de dez dias por turistas no estado, é razoável projetar que estes visitantes que virão ao RN entre dezembro e fevereiro sejam responsáveis por uma movimentação de algo em torno de R$ 1,8 bilhão extra na economia”.

Recentemente, a Fecomércio, assim como outras entidades que representam a iniciativa privada, posicionou-se contra a proposta do governo de reajustar o ICMS. Reajustado neste ano, por conta de Leis Complementares federais, o estado alega que perdeu poder de arrecadação. No entanto, para a Fecomércio, o aumento do tributo impactaria no desempenho das atividades econômicas no estado, geração de emprego e renda. “Estamos com uma campanha de incentivo ao comércio local e sabemos que uma medida como esta promove, ainda mais, o consumo, via internet, em estabelecimentos de fora do estado e do país. Enxergamos outras possibilidades que podem ajudar no reequilíbrio fiscal do estado. Considerando o contexto da necessidade de recuperação da economia no pós-pandemia, esse aumento da carga tributária seria ainda mais danoso”, disse.

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