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Postado às 14h45 | 31 Out 2023 | Redação Rio Grande do Norte tem taxa de sobrevivência de empresas em 81%

Crédito da foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias Em 2021, o RN somava 62 mil empresas ativas, que ocupavam 386,5 mil pessoas com salários e outras re

Em 2021, o RN somava 62 mil empresas ativas, que ocupavam 386,5 mil pessoas com salários e outras remunerações totalizando cerca de R$ 9 bilhões, sendo o salário médio mensal de R$ 1829,00 (1,7 salário mínimo). A atividade que mais se destacou foi o Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, que contribuiu com o maior número de empresas ativas (26.838), as quais empregaram 109,8 mil pessoas e totalizaram 2,3 bilhões em pagamento de salários e outras remunerações. As informações são do estudo “Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2021”, divulgado pelo IBGE. 

Em 2021, das 62 mil empresas ativas no Rio Grande Norte, 81% eram sobreviventes (81%), ou seja, cerca de 50 mil unidades locais ativas em 2020 continuaram em 2021. Das 11,8 mil entrantes (19%), 9788 eram de nascimentos e 2021 eram de reentradas. No mesmo ano saíram do mercado 7,8 mil empresas no estado. Com isso, o saldo de empresas que entraram e saíram do mercado no Rio Grande do Norte em 2021 foi positivo fechando em 3,9 mil unidades locais. É o terceiro ano de resultados positivos desde 2018, sendo que em 2019 e 2020, esse saldo foi de em 2,6 mil e 2,5 mil, respectivamente.

Entre 2011 e 2021, a taxa de entrada recuou de 21,3% para 19% (2,3 pontos percentuais) e taxa de saída caiu 7,9 pontos percentuais, saindo de 20,6% em 2011 para 12,7% em 2021. Já a taxa de sobrevivência subiu 2,3 pontos percentuais em 10 anos, saindo de 78,7% em 2011 para 81% em 2021. A taxa de entrada é a razão entre o número de entrada de empresas e a população de empresas no ano de referência e a taxa de saída é razão entre o número de saída de empresas e a população de empresas no ano de referência.

Na região Nordeste, proporcionalmente, o Rio Grande do Norte foi o segundo estado a ter a maior porcentagem de novas empresas nascendo (15,8%) ficando atrás apenas de Maranhão que teve uma taxa de 16,7%.

Comércio tem maior saldo positivo de empresas, mas perde no saldo de pessoal ocupado

Apenas o Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas contribuiu com um saldo positivo de 1161 mil empresas ativas no estado, seguido pelas atividades de “saúde humana e serviços sociais” (588 empresas) e “profissionais, científicas e técnicas” que registrou o terceiro maior saldo (519 empresas). A atividade “indústrias extrativas” foi a única que teve um saldo negativo contabilizando seis empresas a menos de 2020 para 2021.

Apesar do saldo positivo de entradas e saídas de unidades locais de empresas, o comércio foi um dos setores que mais perdeu pessoal frente ao ano anterior: menos 2,6 mil, ficando atrás apenas de “alojamento e alimentação” e “construção”, que perderam cerca de 1,3 mil e 1,1 mil trabalhadores, respectivamente. “Atividades financeiras, seguros e serviços afins” teve o menor saldo, tendo perdido apenas 62 trabalhadores entre os anos de 2020 e 2021.

Empresas sobreviventes empregam 95,1% do pessoal ocupado, além de pagarem maiores salários

Em 2021, as empresas sobreviventes do estado concentraram a maior parte do pessoal ocupado (95,1%) e da massa salarial (98,1%). Também, pagaram os maiores salários (R$ 1.839,82). Já as empresas entrantes registraram salários médios de R$ 1.420,51, sendo que a média salarial das empresas de reentrada (R$ 1272,23) foi menor que das empresas nascidas em 2021 (R$ 1.458,00).  Nacionalmente, o salário médio das unidades locais sobreviventes é de R$ 2.845,88 e, no Nordeste, as sobreviventes pagam em média, R$ 1.992,48.

O Rio Grande do Norte apresentou um crescimento no salário médio mensal pago pelas empresas sobreviventes de 76,4% em 10 anos, tendência observada tanto nacionalmente quanto localmente. Apesar disso, o estado está entre os cinco estados que tinha os menores salários médios do pessoal ocupado nas empresas sobreviventes em 2021.

Número de unidades locais de empresas de alto crescimento volta a crescer no estado: 12,5% se comparado a 2020

O número de unidades locais de empresas de alto crescimento cresceu 12,5% em 2021 e fechou em 791 unidades, número que representa 1,2% desse tipo de empresa no país. Em 2020, essa marca havia sido de 703, com baixa de 2,5% em relação a 2019. Em 2021, o pessoal ocupado assalariado nas unidades locais de empresas de alto crescimento aumentou 63,6% frente a 2020, saindo de 29,5 mil pessoas ocupadas para 48,3 mil pessoas ocupadas. No Nordeste esse aumento foi 18,2% e nacionalmente de 11,7%.

Já a participação de empresas “gazelas” no conjunto das empresas de alto crescimento do RN subiu 46,3% de 2020 para 2021, saindo de 41 para 60 unidades locais. Nacionalmente essa porcentagem foi de 20,3% e para o Nordeste 15,1%. Também houve aumento no pessoal ocupado assalariado em empresas “gazelas”, quando o número atingido foi de 2209 em 2021 frente à 1643 em 2020, indicando um crescimento percentual de 34,4%.

Sobre a Pesquisa

A Demografia das Empresas estuda a dinâmica demográfica das empresas e unidades locais a partir eventos de entrada, saída e sobrevivência e da mobilidade das empresas sobreviventes. As Estatísticas de Empreendedorismo destacam a importância das empresas de alto crescimento na geração de postos de trabalho assalariados formais. O IBGE define “empresas” como entidades empresariais com CNPJ e estabelecidas no país e define “unidades locais” como os endereços de atuação das empresas (sufixo do CNPJ).

A pesquisa considera como unidades ativas somente aquelas com natureza jurídica de entidades empresariais, excluindo órgãos da administração pública, entidades sem fins lucrativos, organizações internacionais que atuam no país e microempreendedores individuais (MEIs).

A periodicidade dos estudos é anual e sua abrangência geográfica é nacional. Os movimentos de entrada, saída e sobrevivência das empresas são divulgados para Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação e Municípios das Capitais. Os indicadores socioeconômicos das empresas de alto crescimento e das empresas gazelas são divulgados para Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação.

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