De 2002 a 2015, em 20 dos 26 estados brasileiros o PIB das capitais perdeu participação no PIB nacional. Em 2002, 36,1% do PIB brasileiro era proveniente das capitais dos estados, valor que em 2015 passou para 33,1%, representando uma perda de 2,9 pontos percentuais. Ao contrário, os municípios fora das capitais eram responsáveis por 63,9% do PIB e passaram a contribuir com 66,9%, um avanço de 2,9 pontos percentuais no mesmo período. De 2002 até 2014, a queda de participação das capitais é um pouco maior: 3,2 pontos
Em 2015, enquanto São Paulo ocupou a primeira posição em termos de contribuição ao PIB do país, Palmas (TO) ficou em último lugar. Florianópolis (SC) foi a única capital a não ocupar a primeira posição no ranking do PIB municipal em seu estado, sendo precedida por Joinville, que faz parte do polo metal mecânico catarinense, e por Itajaí, que se destaca nas atividades portuária, industrial e de outros serviços.
No Brasil, 25 municípios concentram em torno de 37,7% do PIB do Brasil
No Brasil, 25 municípios concentram 37,7% de participação no PIB do Brasil. No sentido contrário 5545 repartem os 62,3% restantes. Este grupo dos 25 maiores PIB representam apenas 23,5% da população.
Em 2015, sete municípios (todos capitais) concentravam cerca de 25,0% do PIB do país e abrigavam 14,3% da população. Desses sete municípios, os cinco primeiros (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Curitiba) mantêm a mesma posição no ranking na série 2010 a 2015. Dentre os 25 maiores PIB de fora da região Sudeste, todos são capitais. Manaus e Belém, região Norte, Salvador, Fortaleza e Recife região Nordeste, Curitiba e Porto Alegre da região sul e Brasília e Goiânia da região Centro-Oeste.
Em 2015, os 1.353 municípios do país com os menores PIB responderam por aproximadamente 1,0% do PIB nacional e concentraram 3,2% da população. Nessa faixa, estavam 73,2% dos municípios do Piauí, 59,6% dos municípios da Paraíba, 51,8% dos municípios do Tocantins e 48,5% dos municípios do Rio Grande do Norte.
Excluindo-se as capitais, dez municípios geravam, individualmente, mais de 0,5% do PIB do país e, juntos, agregavam 7,4% do PIB do nacional em 2015. Os sete primeiros são municípios paulistas que têm como característica a integração entre a Indústria e os Serviços: Osasco, que gerou 1,1% em 2015; Campinas e Guarulhos, com 0,9% cada; Barueri, com 0,8%; São Bernardo do Campo e Jundiaí, com 0,7% cada; e São José dos Campos, com 0,6%. Em seguida, estão os municípios do estado do Rio de Janeiro, Duque de Caxias e Campos dos Goytacazes, ambos com 0,6% cada, e Sorocaba (SP) com 0,5%.
No sentido contrário, os 25 menores PIB em 2015, 16 são da região nordeste, 3 da região norte, 4 da região sudeste e 2 da centro-oeste. Os municípios da região sudeste todos são de Minas Gerais.
Municípios do Rio de Janeiro perdem participação entre 2014 e 2015
Em relação a 2014, dentre os municípios com maior participação no PIB brasileiro o que teve maior avanço em 2015 foi Brasília, cujo ganho na participação está relacionado à atividade de Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social no setor de Serviços. Paulínia (SP) ganhou participação em função da recuperação da indústria do refino. Já o ganho do Rio de Janeiro amparou-se na expansão dos Serviços e os municípios de Canoas (RS) e Cubatão (SP) avançaram devido à indústria do refino.
Os municípios Campos dos Goytacazes, Cabo Frio e Rio das Ostras, todos do estado do Rio de Janeiro, perderam participação em função dos resultados da extração de petróleo e gás. A indústria automotiva, por sua vez, foi a principal responsável pela perda de participação de São Bernardo do Campo (SP). Já em Parauapebas (PA) a queda na participação foi reflexo dos preços internacionais do minério de ferro na indústria extrativa mineral.
Quanto aos municípios de menor porte econômico, o maior avanço de 2015 em relação a 2014 ocorreu em Gavião Peixoto (SP) devido à produção de equipamentos de transporte nas Indústrias de transformação. Nos municípios gaúchos de Roque Gonzales e Alpestre e em Pedra Grande (RN), o ganho foi no segmento de geração de energia elétrica. Por fim, a indústria de refino de petróleo foi responsável pelo aumento em Guamaré (RN).
Os municípios de Cruzeta (RN) e Itatiaiuçu (MG) apresentaram recuo de participação em função dos preços do minério de ferro. Em Estrela do Sul (MG), o fraco desempenho da silvicultura foi responsável pela queda na participação do município. A desaceleração no setor de instalação de máquinas e equipamentos influenciou negativamente o município de Bodó (RN). Em Barra do Rocha (BA), a retração na atividade de Construção foi a responsável pela redução da participação econômica.
Administração pública era a principal atividade econômica em 56,9% dos municípios
Em 2015, em 3.170 municípios (56,9% dos municípios brasileiros) a atividade econômica predominante era a Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social. Mais de 90% dos municípios dos estados da Paraíba, do Amapá, Roraima, Piauí e Ceará tinham esse perfil e, de forma oposta, aproximadamente 11% dos municípios da região Sul apresentavam essa característica.
Excluindo o peso do serviço público, em 3.129 municípios (56,2% dos municípios do país) a Agropecuária era a principal atividade econômica. Em 1.468 municípios (26,4%), a principal atividade era o Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas ou Demais Serviços. Já em 973 municípios (17,5%) a maior atividade era um dos quatro segmentos da Indústria.
Em relação a 2010, observou-se que 80,0% dos municípios mantiveram o perfil econômico.
Em 2015, Presidente Kennedy (ES) teve o maior PIB per capita e Novo Triunfo (BA), o menor
Em 2015, mais de 30% dos municípios dos estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso apresentaram PIB per capita superior ao nacional (R$ 29.323,58). Por outro lado, nenhum município dos estados do Acre e Roraima apresentou essa característica. Nas regiões Norte e Nordeste do país, o número de municípios com PIB per capita superior ao nacional não ultrapassava 6,7%.
Os 10 municípios com os maiores PIB per capita (gráfico 6) possuíam baixa densidade demográfica. Juntos, eles somavam 1,3% do PIB brasileiro e apenas 0,1% da população. Quanto às principais atividades econômicas por eles desenvolvidas, Presidente Kennedy (ES), São João da Barra (RJ) e Ilhabela (SP) eram produtores de petróleo, e Paulínia (SP) e São Francisco do Conde (BA) tinham indústria do refino.
Louveira (SP) concentrava centros de distribuição de grandes empresas e Triunfo (RS) era sede de polo petroquímico. Já Selvíria (MS) e Araporã (MG) possuíam hidroelétrica, enquanto Gavião Peixoto (SP) tinha indústria de outros equipamentos de transporte.
Em Novo Triunfo (BA), município com o menor PIB per capita de 2015, (R$ 3.369,79), a Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social representava 65,7% do valor agregado total.
Com informações do IBGE
Tags: