Estimativa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que o país terminou o primeiro semestre de 2018 com aproximadamente 63,6 milhões de brasileiros com o CPF restrito em virtude de atrasos no pagamento de contas. Esse dado representa 42% da população adulta do país.
De acordo com o levantamento, o volume de consumidores com contas em atraso e registrados em cadastros de devedores acelerou no último mês de junho, ao crescer 4,07% na comparação com o mesmo período do ano passado. Trata-se da nona alta consecutiva na série histórica do indicador. A última vez que a inadimplência apresentou recuou foi em novembro de 2017 (-0,89%).
Cada inadimplente brasileiro tem em média duas dividas em aberto. Pendências que mais cresceram em junho foram as contraídas em instituições financeiras.
Dados mais detalhados do indicador revelam que houve alta generalizada no volume de inadimplentes em todas as regiões do país. A mais acentuada foi na região sudeste, cujo crescimento foi de 9,88% em junho frente ao mesmo período do ano passado. Em segundo lugar ficou a região Nordeste, que apresentou alta de 4,81% na quantidade de devedores. As variações também foram positivas no Centro-Oeste (2,82%), Sul (2,13%) e Norte (2,02%).
Cada inadimplente brasileiro tem em média duas dividas em aberto. De acordo com o indicador do SPC Brasil, mais da metade das dívidas pendentes (51%) de pessoas físicas no país têm como credor algum banco ou instituição financeira. A segunda maior representatividade fica por conta do comércio, que concentra 18% do total de dívidas não pagas, seguido pelo setor de comunicação (14%). Os débitos com as empresas concessionárias de serviços básicos como água e luz representam 8% das dívidas não pagas no Brasil. Em média, cada inadimplente possui duas dívidas em aberto.
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