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Postado às 08h00 | 30 Ago 2018 | Redação Comitiva potiguar pede a ministro para acelerar venda de campos maduros no RN

Crédito da foto: Cedida Ministro Moreira Franco recebeu comitiva potiguar em audiência em Brasília

COLUNA CÉSAR SANTOS - JORNAL DE FATO

O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, recebeu nesta quarta-feira, 29, uma comitiva de empresários do Rio Grande do Norte para discutir alternativas à retomada de investimentos da Petrobras no estado. O movimento organizado pela Federação das Indústrias (FIERN), que esteve presente na audiência com o seu vice-presidente Vilmar Pereira, sugere a revitalização das atividades de exploração e produção de petróleo a partir da venda e cessão de campos terrestres para empresas privadas.

A Bacia Potiguar conta 33 campos de petróleo terrestres (com parte no Ceará) que deverão ser vendidos pela Petrobras. São os chamados campos maduros que não interessam mais à estatal. Só que esse processo está muito lento, provocando uma queda brutal na atividade petrolífera potiguar. Por consequência, afetando a cadeia produtiva e a economia do estado.

A classe empresarial argumentou que a mediação do Ministério das Minas e Energia é importante e decisiva para dar celeridade à venda dos campos terrestres. Disse que a venda de ativos e campos, parte do programa de desinvestimentos da Petrobras, é uma oportunidade para que empresas independentes, que já atuam no setor, possam se organizar para assumir a exploração de poços maduros.

A comitiva também pediu a retomada do Programa de Revitalização das Atividades de Exploração e Produção de Petróleo e Gás em Áreas Terrestres (REATE). O programa busca impulsionar a produção onshore nacional dos atuais 90 mil barris/dia para 500 mil barris/dia.

A ideia é que as empresas possam voltar, a partir da venda dos campos, a operar nos poços do estado e com o Reate alavancar a produção do RN dos atuais 48 mil barris/dia, segundo dados da Redepetro, para o patamar de 110 mil barris/dia - média diária registrada antes do desinvestimento da estatal.

Nos últimos anos, a cadeia produtiva do petróleo no RN vem sofrendo com a desativação gradual dos poços e a retirada de investimentos e venda de ativos da Petrobras. Por gravidade, gerou um vazio na produção, porque o processo de vendas está estagnado com a retirada da Petrobras e sem que a outra empresa tenha assumido.

O setor de petróleo e gás responde por cerca de 40% do PIB industrial do Rio Grande do Norte. Esses números foram apresentados ao ministro Moreira Franco, que se comprometeu a acompanhar, junto à ANP, o processo de venda dos campos maduros. Um alento, claro, porém, não garante absolutamente nada. É lutar.

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