Quarta-Feira, 27 de novembro de 2024

Postado às 09h45 | 25 Jun 2020 | Redação Segmentos produtivos afirmam que o RN vai fechar mais de 12 mil empresas

Quando a pandemia passar, o RN terá fechado mais de 12 mil empregos e ampliado o número de trabalhadores desempregados para mais de 225 mil. As previsões pessimistas foram apresentadas pelas entidades que representam os segmentos produtivos do estado

Crédito da foto: Blog do César Santos Rua Corone Gurgel, principal artéria do centro comercial de Mossoró

Por César Santos – JORNAL DE FATO

Quando a pandemia passar, o Rio Grande do Norte terá fechado mais de 12 mil empregos e ampliado o número de trabalhadores desempregados para mais de 225 mil. As previsões pessimistas foram apresentadas pelas entidades que representam os segmentos produtivos do Estado, no mesmo dia em que a governadora Fátima Bezerra (PT) prorrogou até 1º de julho o início da reabertura das atividades econômicas.

Uma nota assinada por dirigentes de associações, federações, sindicatos e entidades ligadas a setores do comércio, transporte, hotelaria, bares e restaurantes, revela uma queda no faturamento de quase R$ 200 milhões, e afirma que as empresas não suportarão esticar o isolamento social por mais tempo. Essas entidades defendem que o Governo do Estado coloque em prática o plano de retomada da economia, elaborado pelas próprias entidades, e que prevê a reabertura gradual, por etapas, com medidas de prevenção como uso de máscara, álcool em gel, distanciamento de 1,5 m entre pessoas, entre outras.

O apelo das entidades, porém, não sensibilizou a governadora Fátima que voltou a afirmar que só autoriza a reabertura das atividades econômicas quando o estado tiver pelo menos com 30% de leitos disponíveis para pacientes da Covid-19, baixa taxa de transmissibilidade e aumentado a taxa de isolamento sociai, hoje oscilando entre 40% e 42%.

Nesta quarta-feira, 24, ao participar pela primeira vez de da coletiva da Sesap/RN sobre a pandemia, a governadora disse que espera ter as condições para autorizar a retomada da economia no dia 1º de julho, mas, alertou que só o fará se os índices da pandemia tiverem recuado. “Reconhecemos as necessidades do setor produtivo e do emprego, mas temos que cuidar da vida em primeiro lugar", disse.

 

PICO

A governadora disse não temer uma ação das entidades pedindo a Justiça para determinar a reabertura da economia. “Nossa proposta de retomada das atividades econômicas foi apresentada pelo setor produtivo e é embasada no conhecimento científico. Espero que a Justiça mantenha a prorrogação até dia primeiro de julho como determina nosso decreto.”

Na coletiva, a governadora voltou a mencionar que o adiamento do início da retomada das atividades econômicas segue recomendações do Comitê Científico de especialistas e dos Ministérios Público Estadual, Federal e do Trabalho, e surpreendeu ao revelar que agora que o RN está chegando ao pico da pandemia. “Precisamos conter a propagação. No Brasil e no mundo vários estados e cidades que fizeram abertura tiveram que recuar e retomar as medidas restritivas", registrou.

Portanto, a princípio, o governo trabalha com a data de o 1º de julho para a reabertura da economia, mas não é uma garantia. “É preciso cumprir os decretos para conter a propagação do vírus, ampliar o isolamento social e reduzir a pressão por leitos, por isso, só assim retomaremos as atividades econômicas e sociais.”

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