Sexta-Feira, 31 de janeiro de 2025

Postado às 14h00 | 18 Abr 2022 | redação Tchê Tchê é apresentado no Botafogo com camisa 6, que foi de Nilton Santos

Crédito da foto: Vitor_Silva / Vitor Silva/Botafogo Tchê Tchê recebeu a camisa 6 do Botafogo

Nada como o dia de um clube após uma vitória. Foi assim que Tchê Tchê foi apresentado no Botafogo. O volante, que assinou contrato até dezembro de 2025, vestirá a histórica camisa 6, que já pertenceu ao ídolo Nilton Santos. Nas primeiras falas como jogador do alvinegro carioca, uma palavra esteve presente em quase todas as respostas do brincalhão Tchê Tchê: "trabalho". É com muito disso que ele espera alcançar os objetivos do novo projeto do clube.

— Vejo o Botafogo como um clube grande que é. Para mim é um privilégio estar vestindo essa camisa. Claro que passa por uma reformulação, então requer um pouco de tempo. Mas tenho certeza que o trabalho vem sendo bem feito. Isso foi comprovado no jogo de ontem, uma vitória muito importante. As coisas estão caminhando para uma mudança bem grande. Tenho certeza que vim para ajudar muito. Agradeço a todos que se esforçaram para fazer isso possível — falou o reforço alvinegro.

 

A tendência é que Tchê Tchê chegue para ser titular no Botafogo. Multicampeão por onde passou, o volante tem como uma das principais características a polivalência dentro de campo — pela direita, pode atuar como meia, ponta ou lateral. No entanto, se depender do jogador, ele sabe bem onde jogará.

— Me vejo como meio campista. Claro que, se em algum jogo, eu tiver que ficar mais um pouco recuado, vou fazer. Mas me vejo como um segundo meio-campista. Um cara que faz a ligação pro ataque e chega na área, finaliza de fora — falou Tchê Tchê, que também falou sobre o que já absorveu do novo comandante.

— Ele é um cara que explica muito sobre tática. É uma cobrança bem legal. Explica certinho, cobra o posicionamento. Todo mundo me conhece, sabe a maneira que gosto de atuar. Como eu disse, se tiver algum jogo, faltar alguém, todos sabem que faço várias funções. Mas prefiro atuar no meio campo e espero ser utilizado assim.

Mas Tchê Tchê foi além. Sorridente e brincalhão, o volante se emocionou ao falar da relação com o filho e contou o que o primogênito achou da vinda para o Botafogo.

— Meu filho, junto com a minha esposa, é a base de tudo. Ele é bem presente. Tenho uma história curiosa dele, ele gosta de ouvir hinos de clube no tablet, que é aonde a criança fica mais tranquila (risos). Ele ficava ouvindo o hino do Botafogo numa versão de funk, sabe até cantar uma parte. Depois surgiu essa oportunidade. Falei até com a minha esposa que foi o destino. Ele tá em BH ainda, perguntou se já estavamos no Rio, se tinha praia... Acho que essa oportunidade foi Deus abrindo as portas para mim.

Veja outras respostas de Tchê Tchê

Escolheu a 6, jogará de lateral esquerdo?

— Não venho nessa intenção não (risos). Sou meio campista. Usei esse número na Ucrania, é especial para mim. O que eu mais gosto é o Thiago Alcantara. E um cara que eu admiro. Fiquei sabendo da representatividade da camisa. Para mim é uma honra. Não sabia quando fiz a escolha.

Peso de ser "o cara" do Botafogo

— Acho que tô preparado para isso (ser o cara do Botafogo). Trabalho forte para que essas coisas aconteçam. Se me enxergam assim, é por conta do meu trabalho e pelo que fiz nos outros clubes. Mas ficou para trás. Tenho convicção que tenho a confiança de todos, que trabalho muito sério. Não vejo de forma pesada, nem a camisa e nem a confiança que depositam em mim. Trabalho muito. Se as coisas derem certo no começo, vou estar trabalhando. Se não, vou trabalhar também.

Chegada após uma vitória

— Fiquei muito feliz com a vitória ontem. Foi um time de guerreiros, sabemos que não é fácil jogar lá. Ceará é uma equipe que vem num crescimento, ainda mais dentro das suas dependências. O campo também não tava muito legal. Mas fico muito feliz pela atuação dos meus companheiros. É legal chegar num lugar que já está ganhando. O ambiente fica mais leve. É mais fácil de corrigir erros em cima de vitórias que derrotas.

Expectativa pela estreia

— Chego pronto, mas não deu tempo de entrar no BID por conta do feriado. Mas já estou apto. Quando o professor achar que já posso ir para o jogo, vou estar pronto.

E para estrear na frente da torcida

— Foi uma festa muito bonita. Carregam uma expectativa muito grande. Todos que estão aqui dentro esperam que as coisas andem muito bem. Vamos trabalhar para isso. Não dá para pensar que vamos começar a ganhar tudo desde agora. Sabemos que não é assim. É um processo. Vamos caminhar para que tudo ocorra da melhor maneira possível.

Pressão pelo passado vitorioso

— Mostra que eu trabalho bem. Não é arrogância nem falta de humildade. Sou uma pessoa bem séria, sei brincar quando precisa e ser sério quando é necessário. Venho de clubes que tem ganho praticamente tudo no Brasil nos últimos tempos, agora é lutar para vencer aqui. Vim para isso. A história do Botafogo é gigante. Agora é retomar o caminho dos títulos.

Relação com Patrick de Paula

— Brinco com ele, ele era juvenilzinho no Palmeiras. Até mandei um áudio para ele no Instagram. "Patrick, tô vindo falar com você, para não ser traíra. O pessoal do Botafogo me deu a camisa número 8 (camisa que Patrick de Paula usa)". Depois disse que estava brincando.

Essência fora de campo

— Dificilmente vou ser um cara que vou estar no vestiário incentivando, falando na roda. Mas pode me cobrar dentro de campo que vou dar tudo. Nunca passei fome mas tive muita dificuldade quando era pequeno, então nunca vou mudar minha essência. Acho que esse é o segredo para as pessoas gostarem de mim, sou um cara fácil de lidar. Sou uma pessoa muito humilde. Trato todos iguais, seja o cara que arruma o gramado até a pessoa que faz a comida.

Fonte: EXTRA

 

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