Por Leonardo Lourenço — São Paulo
Não faltou concentração ao São Paulo desta vez, nem aconteceu de o time abdicar do ataque. Houve quem observasse a semelhança do jogo contra o Palmeiras, nesta quinta, ao da última segunda: domínio no primeiro tempo, gol de Patrick.
Dessa vez, porém, ao contrário do duelo pelo Brasileiro, que o rival conseguiu virar nos acréscimos do segundo tempo, o São Paulo manteve o resultado até o fim e abriu vantagem nas oitavas de final da Copa do Brasil (joga pelo empate na volta, dia14 de julho, no Allianz Parque).
Os erros cometidos no começo da semana serviram de lição, aparentemente, ao time de Rogério Ceni. A equipe manteve a concentração, o ritmo competitivo e não deixou de incomodar o rival quando já tinha a vantagem.
E teve até oportunidade de fazer um placar mais amplo. Mas repetiu um problema que tem acompanhado o São Paulo nas partidas recentes: não consegue matar o jogo, fazer o segundo gol.
Rogério começou a partida com o mesmo time de segunda-feira contra o Palmeiras, apesar de ter deixado no ar a possibilidade de poupar jogadores no duelo desta quinta para priorizar o Brasileiro.
Não é comum a Ceni escalar os mesmos 11 por dois jogos seguidos. Um indício de que ele acreditava no plano traçado no jogo anterior, apesar das falhas de execução no final.
– Maior lição que eu tive foi acreditar nas próprias convicções, os jogadores de segunda-feira foram os mesmos hoje. Por 194 minutos estivemos na frente, um minuto o Palmeiras esteve na frente – disse Ceni após o jogo de quinta.
O São Paulo fez uma marcação implacável no Palmeiras no primeiro tempo. O rival, que na temporada passou em branco em só quatro jogos, praticamente não teve chances contra Jandrei.
Calleri, isolado no ataque, recebia companhia dos meias, principalmente Igor Gomes e Patrick. O camisa 9 quase marcou no começo, mas Weverton evitou o gol.
A vantagem do São Paulo saiu dos pés de Patrick. O meia brigou na entrada da área e aproveitou um vacilo de Gustavo Gómez e Danilo, saiu na cara de Weverton e bateu sem chance para o goleiro.
Calleri e Murilo disputam a bola em São Paulo x Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli
No segundo tempo, que tem sido de problemas ao São Paulo, que geralmente cai de produção após o intervalo, o time manteve a pegada, mesmo contra um Palmeiras melhor do que o da etapa inicial.
Teve oportunidade de ampliar o placar, não fez. Esse é um problema ainda sem solução no Morumbi.
Ceni segurou o time titular enquanto pode, deixando as substituições para a metade final do segundo tempo. Uma delas será lembrada.
Miranda entrou no lugar de Arboleda, que se machucou numa dividida com Rafael Navarro. Na queda, prendeu o pé esquerdo no gramado. Ele deixou o campo chorando.
O São Paulo deve fazer exames nesta sexta-feira, mas a primeira análise, feita no vestiário, era de suspeita dos ligamentos do tornozelo – uma lesão que, se confirmada, deve afastá-lo da temporada e da Copa do Mundo.
A equipe leva uma vantagem mínima para o jogo da volta, no Allianz Parque, marcado para o dia 14 de julho. É pequena, mas é uma vantagem – nada desprezível quando o rival é o Palmeiras.
O São Paulo volta a campo no domingo, novamente no Morumbi, contra o Juventude, pelo Brasileiro.
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