Por Cahê Mota, Fred Gomes, Ivan Raupp e Raphael de Angeli — Rio de Janeiro
Gabigol vive ano de novos prazeres no Flamengo. É, sim, mais uma vez o artilheiro do time na temporada. Mas roubar bolas, abrir espaços e dar passes para os companheiros têm lhe garantido satisfação pessoal com peso de gols e rendem elogios de quem o cerca. Em 2022, Gabriel também tem as faces de "Gabisolidário" e "Gabilíder".
- Estou ficando velho, né? (risos) - disse Gabi ao ser perguntado sobre seus novos prazeres.
Contra o Inter, por exemplo, dava combate no goleiro Keiller já nos acréscimos de um jogo que pouco mudaria o destino do Flamengo dentro do Brasileiro. Ganhou aplausos da arquibancadas e elogios de Dorival Júnior no último final de semana.
- Nunca vi o Gabriel tão integrado e tão interessado assim. O dirigi por quase dois anos, ele tinha uma característica completamente diferente. A participação dele tem sido elogiável em todos os aspectos. Jogador muito importante para a equipe. Amadureceu, cresceu e está lutando por vaga na seleção brasileira. É um dos jogadores mais confiáveis da nossa equipe - disse o treinador.
O esforço para executar uma nova função lhe afasta das redes. Vive seu ano com menor média de gols (0,48 por jogo) desde a chegada à Gávea. Mas isso não preocupa Gabriel. Em quase 30 minutos de conversa com o ge (leia outras partes da entrevista nos links acima), falou de tudo um pouco e, ao falar do amadurecimento que lhe apresentou prazeres além do gol, brincou:
- Estou ficando velho, né? (risos). No jogo do Fortaleza, o Dorival chegou em mim e falou: "Ó: você vai ser o capitão do time, tem um moleque de 17 e um de 18 do seu lado". Aí eu falei para ele: "Pô, antigamente eu era o moleque mais novo, lá no Santos (risos). Eu acho que você vai mudando, aprendendo e crescendo.
- E creio isso que isso só é bom para mim aqui no Flamengo. A gente não sabe o que pode acontecer daqui a um tempo, se vem outro jogador jogar ao meu lado ou se eu tenho que fazer outra função. Então estou ganhando com isso e creio eu que, hoje em dia, dar um passe, tirar uma bola importante ou fazer um movimento sem bola é como se fosse um gol para mim.
O "velho" Gabigol, de 26 anos e o quarto mais novo dentre os titulares de Dorival Júnior, também usa a experiência para driblar as críticas ao gosto pela noite e pelo rap. Dá de ombro para ela e evita o embate.
- Mas é justamente isso que eu penso, sabe? Por que eu vou responder bobagem? A questão do artista faz muito tempo, muito tempo mesmo, mas aí só percebem quando o time não está ganhando. A questão do rap, sempre teve rap. Sinto informar que quando tiver show de rap e eu estiver de folga, eu vou estar lá (risos). Não é nada demais, cada um curte o que quiser. Tem gente que vai para a igreja, tem gente que vai para a praia, tem gente que vai surfar, tem gente que vai fazer churrasco em casa.
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