Por Rodrigo Capelo — São Paulo
Contratado pelo Botafogo ainda na época da associação civil, Jorge Braga costumava ser reconhecido como um dos responsáveis pela transformação recente do futebol alvinegro. De volta à primeira divisão, com a venda do futebol para John Textor, houve o início de inédito ciclo de investimentos. Braga foi o CEO desde a entidade sem fins lucrativos até o surgimento da SAF.
A transição de uma estrutura para outra desgastou o executivo em todos os aspectos. Internamente, no trato com o empresário americano e as pessoas designadas por ele para administrar a empresa. Externamente, à medida que torcedores mudavam de opinião sobre a sua passagem.
Principal fato a afetar a sua imagem perante a opinião pública, Braga moveu ação judicial contra o clube-empresa, para obter a rescisão de seu contrato e ser financeiramente ressarcido. Em nota em setembro, a direção do Botafogo SAF alegou que o profissional quebrou obrigações e deveres. O confronto corre em Vara Empresarial, sob segredo de justiça.
Sem ter se manifestado publicamente até então, a não ser por meio de advogados, o agora ex-CEO decidiu falar. Ele concedeu entrevista ao ge, por meio do podcast Dinheiro em Jogo. Nela, o executivo conta a experiência de ter dirigido o Botafogo durante a migração para a SAF e, com exclusividade, dá a versão dele a respeito do atrito com Textor.
– Eu tomei um calote de proporções bíblicas. Daqueles de envergonhar antigas práticas amadoras – afirma Jorge Braga.
A reportagem do ge entrou em contato com a SAF Botafogo no fim da tarde de segunda para abrir espaço a respostas às acusações de Braga. Ciente de que a entrevista seria publicada nesta terça, o clube decidiu se pronunciar no Twitter na noite de segunda. O post acusa o ex-CEO de "promover inverdades, se vitimizar e usar a opinião pública para interferir no seu processo".
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