Sábado, 30 de novembro de 2024

Postado às 11h15 | 21 Nov 2022 | redação Sete seleções europeias deixarão de utilizar braçadeiras 'ONE LOVE'

Crédito da foto: Reuters /g1 / Reprodução Capitão da Inglaterra, Harry Kane, utilizando braçadeira "One Love"

Por g1

Sete seleções europeias fizeram uma declaração conjunta anunciando que não utilizarão a braçadeira "ONE LOVE", usada para demonstrar apoio à comunidade LGBTQIAP+.

"Você não quer que o capitão comece a partida com um cartão amarelo. É por isso que é com o coração pesado que nós, como grupo de trabalho da Uefa... e como equipe, decidimos abandonar nosso plano", diz o comunicado.

A Fifa avisou às seleções que capitães que utilizarem a braçadeira na partida serão penalizados esportivamente (com cartão amarelo) antes mesmo de a partida começar, além de uma multa financeira.

“Estávamos preparados para pagar multas que normalmente se aplicariam a violações dos regulamentos do kit e tínhamos um forte compromisso de usar a braçadeira [...]. No entanto, não podemos colocar nossos jogadores na situação em que possam receber um cartão amarelo ou até mesmo serem forçados a deixar o campo de jogo."

São parte dessa decisão as seleções da Inglaterra, Gales, Bélgica, Holanda, Suíça, Alemanha e Dinamarca.

De acordo com as regras da Fifa, o equipamento da equipe não deve conter slogans, declarações ou imagens políticas, religiosas ou pessoais e, durante as competições finais da FIFA, o capitão de cada equipe "deve usar a braçadeira de capitão fornecida pela FIFA".

 

Direitos LGBTQIAP+ no Catar

A ministra do interior da Alemanha, Nancy Faeser, levanta a bandeira do arco-íris pela primeira vez no Ministério do Interior da Alemanha em Berlim — Foto: Markus Schreiber/AP

A ministra do interior da Alemanha, Nancy Faeser, levanta a bandeira do arco-íris pela primeira vez no Ministério do Interior da Alemanha em Berlim — Foto: Markus Schreiber/AP

A atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo é proibida pelo Código Penal de 2004 do Catar, que criminaliza atos de “sodomia” e “relações sexuais” entre pessoas do mesmo sexo. Estas disposições acarretam uma pena máxima de sete anos de prisão.

Tanto homens quanto mulheres são criminalizados sob esta lei.

A Human Rights Watch documentou seis casos de espancamento grave e repetido e cinco casos de assédio sexual sob custódia policial entre 2019 e 2022 no país.

Por esses e outros fatores, as principais seleções europeias tinham entrado em consenso para utilizar a braçadeira como uma forma de demonstrar apoio às pessoas LGBTQIAP+.

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