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Postado às 11h45 | 11 Dez 2022 | redação O que a CBF pensa sobre o sucessor de Tite como técnico da Seleção

Crédito da foto: Reprodução Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF

Por Bruno Cassucci, Cahê Mota e Raphael Zarko — Doha, Catar

Quem será o próximo técnico da Seleção? Será ele estrangeiro, brasileiro, um medalhão ou uma jovem aposta?

As perguntas já vinham sendo feitas nos últimos meses, desde que Tite avisou que, após seis anos, deixaria o cargo ao final da disputa da Copa do Mundo do Catar. Porém, os questionamentos ganharam ainda mais força desde a queda nas quartas de final para a Croácia, na última sexta-feira.

De volta ao Brasil nesta madrugada, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, certamente vai receber palpites de todos os lados, de vice-presidentes da entidade a pessoas de confiança, mas promete centralizar a decisão. Ele tem dito não ter pressa para definir o novo treinador da Seleção e que a escolha pode ficar para o início de 2023.

O próximo compromisso do time masculino do Brasil será apenas em março, possivelmente já pelas Eliminatórias da Copa de 2026 - mas o calendário ainda precisa de aprovação da Fifa.

A nacionalidade não deve ser fator determinante para selecionar o novo técnico. Com diversas sugestões na mesa, Ednaldo Rodrigues não descarta contratar alguém de fora do Brasil. Em entrevistas recentes, ele afirmou que quer "alguém que trabalhe com jovens, dando prosseguimento à reformulação feita pelo Tite".

Alguns dos nomes indicados ao presidente, como o espanhol Pep Guardiola, do Manchester City, são vistos como impossíveis pelos valores envolvidos e outras questões conjunturais. Outros, como o italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid, tratados como muito difíceis.

Os estrangeiros mais acessíveis são aqueles que estão ou já estiveram no Brasil, como os portugueses Abel Ferreira, bicampeão da Libertadores e atual campeão nacional pelo Palmeiras, ou Jorge Jesus, que conquistou cinco títulos em pouco mais de um ano no Flamengo, entre 2019 e 2020. Atualmente ele está no Fenerbahçe, da Turquia.

Do mercado nacional, nomes que despontam na briga são Fernando Diniz, do Fluminense, Mano Menezes, do Internacional, e Dorival Júnior, que deixou o Flamengo recentemente.

Até o momento não foi aberta negociação com nenhum treinador. A ideia da CBF é manter uma comissão técnica fixa, tal qual foi feito com Tite, mas com uma estrutura mais enxuta.

A direção também deve ser reformulada, com a saída de Juninho Paulista, que desde 2019 é o coordenador da Seleção.

Escolha inédita para o presidente

O papel de escolher, negociar e anunciar um técnico de futebol é inédito para Ednaldo. Ex-jogador de futebol amador na Bahia, ele foi dirigente da Federação Bahiana de Futebol desde 1993. Mais tarde, presidente na FBF.

A única experiência como dirigente esportivo se deu como presidente da Liga Conquistense de Desportos Terrestres, entre 1979 e 1983. Foi campeão do Intermunicipal da Bahia, torneio de futebol que mobiliza todo interior do estado tem fama de ser o maior campeonato amador do mundo. Com participação de mais de 80 municípios e 3.000 atletas.

Ednaldo não quer escolher técnico interino, para as primeiras datas Fifa de 2023. Na cabeça do presidente, a escolha deve seguir até a Copa do Mundo de 2026. Nos últimos meses, desde o anúncio da saída de Tite, ele foi questionado diversas vezes sobre as intenções com o novo técnico, mas sempre despistou. Garantiu que não pensava ainda num sucessor. Desejando que o tema não fosse pauta antes do Catar.

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