A advogada da mulher que acusa Daniel Alves de tê-la estuprado em Barcelona, Ester Garcia López, concedeu entrevista exclusiva ao portal Uol. Segundo ela, a cliente não tem conseguido dormir desde o dia em que encontrou o jogador brasileiro em uma boate na Espanha.
Enquanto o jogador segue preso provisoriamente na cidade da Catalunha desde a última sexta-feira, 20, a advogada conta como tem sido seu contato com a vítima e afirma que ela deixou claro desde o primeiro encontro que quer o jogador que disputou a Copa do Mundo do Catar atrás das grades.
"Ela me olhou e disse: 'Ester, eu tenho a sorte de ter boas condições de vida, e não quero indenização, quero prisão'”. A profissional afirma que informou à cliente que ela teria direito, apesar de não querer, mas ela foi firme em sua posição. “Se tiver dinheiro de indenização envolvido, eu não vou contratar você", conta.
Ainda de acordo com a advogada, a mulher tem feito tratamento psiquiátrico e também usa antivirais para evitar infecções sexualmente transmissíveis. Isso porque, também segundo a profissional, - Daniel Alves não teria usado preservativo durante o estupro.
Para Ester, seu principal desafio tem sido distanciar a mulher dos noticiários. "Tentamos preservá-la a todo custo".
Ainda durante a entrevista para o veículo brasileiro, a advogada falou sobre o fato do caso envolver um famoso jogador de futebol e como isso pode mudar a forma como são investigados os casos de agressão sexual.
“Independentemente de como acabe o caso, para mim já é um caso exemplar por como começou. Há alguns personagens públicos que se acham acima do bem e do mal, que acham que nunca acreditariam em uma garota como minha cliente. Há muitas mulheres que não denunciam quando se trata de um personagem público por causa da dificuldade em nível emocional e judicial. Mas acho que neste caso, acabe como acabar – espero que acabe com uma condenação –, a prisão sem fiança já é exemplar”.
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