Por Fred Gomes, Letícia Marques e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro
Um fato novo que gerou certo desgaste e exigiu paciência, mas, no final, foi lucrativo para o Flamengo. Ao tentar atravessar a negociação por João Gomes, o Lyon, da França, não levou o volante, mas ajudou a diretoria rubro-negra a ganhar um "extra" do Wolverhampton, da Inglaterra.
Após a chegada do clube francês, comandado pelo empresário John Textor, os britânicos voltaram à mesa de negociação e subiram a proposta. Antes em 17 milhões de euros (quase R$ 94 milhões), o valor oferecido aumentou em R$ 9 milhões - o total é de 18,7 milhões de euros (R$ 103,2 milhões). Fora os 10% em uma futura venda e o 1,5 milhão de euros (R$ 8,3 milhões) caso metas sejam atingidas.
A negociação do Flamengo com o Lyon irritou os Wolves em um primeiro momento. Os ingleses cogitaram abandonar o negócio, mas mantiveram a proposta na mesa por tratar o atleta com prioridade. O jogador sempre foi aliado, o que facilitou, e os novos moldes convenceram de vez o Flamengo.
Visita ao Ninho do Urubu
Desde que a proposta francesa chegou à mesa do presidente Rodolfo Landim, João Gomes deixou claro o desejo de cumprir a palavra com o Wolverhampton, já que o jogador, o Flamengo e o clube inglês estavam acertados. O volante, inclusive, tinha viagem marcada para a Inglaterra.
O Fla cogitou a outra proposta pela relação com Textor, que tem negócios no Brasil e pode ser um parceiro interessante para o clube. A boa entrada chegou a render uma visita do americano ao Ninho do Urubu, na tentativa de convencer o jogador, o que não funcionou.
Sentaram à mesa o presidente Rodolfo Landim, Textor, Bruno Spindel (diretor executivo do Flamengo), Carlos Leite (empresário do jogador) e João Gomes, além de um funcionário do agente que ajudou como intérprete. O vice-presidente de futebol Marcos Braz não participou da reunião.
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