Por Agência Brasil - Rio de Janeiro
A seleção brasileira masculina de futebol participou nesta quarta-feira (14) do primeiro treino com o grupo completo (23 convocados) no Centro de Treinamento do Espanyol, em Barcelona, sob comando do técnico-interino Ramon Menezes. Os últimos a se apresentarem ao escrete canarinho foram o goleiro Ederson (Manchester City) e o zagueiro Robert Renan (Zenit) pela manhã. O Brasil se prepara para os amistosos contra as seleções da Guiné, no próximo sábado (17), na capital catalã; e de Senegal, na terça (20), em Lisboa (Portugal).
Durante o treino, Ramon priorizou o trabalho defensivo, principalmente o posicionamento dos jogadores sob marcação dos adversários. Também focou nas jogadas ensaiadas, quando bolas são cruzadas na grande área, orientando os atletas a aproveitarem a retomada da bola para tentar contra-ataques.
Após a atividade em campo, os jogadores Rodrygo (Real Madrid) e Richarlison (Tottenham) participaram de coletiva e falaram da expectativa em torno da contratação do italiano Carlo Ancelotti, atualmente no Real Madrid, para o comando da seleção, sem treinador desde saída de Tite, após a eliminação do país na Copa do Catar. Em entrevista ontem à Agência Reuters, o presidente da CBF Ednaldo Rodrigues levantou a possibilidade de a entidade esperar até 2024 para conseguir fechar contrato com Ancelotti. O técnico italiano tem contrato com o Real até junho de 2024.
“Em breve ele [Ednaldo Rodrigues] vai fazer uma reunião com os jogadores, para saber os detalhes, o que pensamos. É isso, não adianta se precipitar agora”, disse Richarlison, que chegou a ser comandado por Ancelotti quando defendia o Everton. “A gente quer começar a preparação o quanto antes. Sabemos quão difícil é uma Copa do Mundo, por isso é muito importante estar trabalhando com um treinador desde o início, [com] as características do trabalho dele. Agora é esperar pelo presidente, ver o que ele vai decidir".
Para o jovem atacante Rodrygo, comandado por Carlo Ancelotti no Real, os jogadores estão em compasso de espera.
"A gente quer ter um treinador fixo o mais rápido possível, mas a gente tem de se adaptar com as adversidades. Neste momento, o nosso treinador é o Ramon, a gente tem que respeitar ele e, é claro, se vier outro treinador, se tiver que esperar a gente vai ter de se adaptar com tudo que estiver passando”.
O Brasil encara a Guinè, às 16h (horário de Brasília) de sábado (17, próximo sábado (17), no RCDE Stadium, em Barcelona. Pela primeira vez em 109 anos de história, o escrete canarinho entrará em campo com o uniforme totalmente preto. A iniciativa faz parte de uma série de ações organizadas pela CBF para combater o racismo, após o atacante Vinicius Júnior ter sido alvo de ataques racistas pela 10ª vez no Campeonato Espanhol, no dia 21 de maio. Os insultos foram proferidos por torcedores na derrota do Real para o Valência por 2 a 1, em Valência.
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