Por Marcos Santos / Repórter do JORNAL DE FATO
O dito popular “não há nada tão ruim que não possa piorar” pode representar a atual situação por que passa o estádio municipal Leonardo Nogueira. Além de boa parte das arquibancadas interditadas, o gramado se encontra “sem vida”, seco, queimado, o que dificulta o desenvolvimento do jogo.
O Mossoró EC, que fez jogo de preparação para o Estadual da segunda divisão na noite desta quarta-feira no local, reclamou bastante e se mostrou preocupado com o estado do gramado. A bola não rola, quica, prejudicando, sobretudo, a parte técnica dos atletas.
O time mossoroense foi informado por pessoas ligadas à Secretaria de Esporte e Juventude que o gramado não é irrigado há quase três meses, o que explica o seu estado deplorável. Tal pasta é responsável pela gestão e manutenção do campo, após o Nogueirão ter sido municipalizado há três anos.
O local será onde Mossoró e Baraúnas irão mandar os seus jogos no Campeonato Estadual da segunda divisão, que irá largar daqui a 16 dias.
INTERDIÇÃO
De momento, a capacidade do Nogueirão é de apenas 1.294 pessoas. Ela foi reduzida de forma considerável depois que um torcedor caiu num buraco em plena arquibancada por ocasião do jogo entre Potiguar e Pacajus pela Série D do Brasileiro, no dia 27 de junho deste ano. Esse torcedor precisou de ajuda e se arranhou, além do constrangimento público. O fato foi exposto nas redes sociais por meio de vídeo e fotos.
Dias após, equipes técnicas do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA/RN) e também do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) fizeram vistoria no local e interditaram o estádio. A interdição durou 22 dias.
O campo foi liberado após nova vistoria e reavaliação das estruturas, baixando ainda mais sua capacidade que, antes era de 4.200 passando para 1.294, sendo 500 reservado para o setor norte, 500 para o setor sul, além de 294 pessoas para as cadeiras. Os dois setores estão situados por trás das traves, reservados para arquibancada.
PERMUTA
Durante o momento crítico, o prefeito Allyson Bezerra anunciou uma permuta para o estádio, que consiste no repasse do valioso terreno, onde está situado o campo, para uma empresa e, em contrapartida, tal empresa entregaria um novo estádio construído em outro local.
A ideia de tirar o Nogueirão do local onde ele está foi bem questionada pela comunidade esportiva e também pela imprensa independente.
Na última entrevista em que falou sobre o Nogueirão, Allyson prometeu “trazer novidades” até o fim do ano, deixando a proposta de permuta em compasso de espera.
Gramado ‘murchou’ devido à quebra de bomba
A precariedade do gramado do Nogueirão tem uma explicação: o campo não é irrigado há quase três meses, quando a bomba submersa queimou, interrompendo assim a sua aguação.
O diretor do estádio, Carlos Batista, admitiu o problema.
“Sem o funcionamento dela (bomba submersa), não joga água para as caixas d'agua. Ela fica mais de 50 metros submersos. Envolve a parte hidráulica e elétrica”, disse ele no contato com a reportagem do De Fato.
Carlos informou que a bomba foi trocada e que o trabalho de irrigação foi retomado ainda na noite de quarta-feira, 13, após o jogo amistoso entre Mossoró EC x Santa Fé.
Até o dia 30, quando iniciará o Campeonato Estadual da 2ª divisão com duelo entre Mossoró EC x Parnamirim SC, o diretor do estádio espera que o gramado “esteja recuperado” e pronto para sediar jogo oficial.
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