Por Marcos Santos / Repórter do JORNAL DE FATO
“Sou treinador de futebol, não sou milagreiro”. A frase do treinador Argel Fuchs delimita bem o atual estágio da equipe abecedista, que apesar de ter mostrado evolução em diversos pontos, sofreu sua 16ª derrota no Brasileirão e complicou ainda mais a situação do ABC na luta contra o rebaixamento.
Faltando dez rodadas para acabar a Série B, a diferença entre os potiguares e o 16º colocado (Avaí), agora já é de 14 pontos, situação quase impossível de ser revertida em um espaço tão curto.
Para Argel a derrota para equipe pernambucana ocorreu de forma inusitada, “No lance do gol, o jogador que pegou o rebote da bola rebatida pela zaga alvinegra, na verdade, errou o chute e acabou dando uma assistência perfeita para o matador do time deles que é o Diego Souza. Se o camarada da primeira bola tivesse acertado o chute, a bola iria parar lá na arquibancada”, observou o comandante abecedista.
Analisando todo o confronto, o treinador disse ainda que esse tipo de sorte não está ocorrendo com o Alvinegro, mas apesar de reconhecer que no futebol não existem milagres, prometeu continuar trabalhando para que a sorte um dia volte a sorrir para a equipe do ABC.
Logo em sua entrevista de apresentação, Argel Fuchs, analisou a questão do milagre dentro do futebol, deixando claro que não acreditava no milagre puro e simples. “Acredito no milagre que chega por meio do trabalho. A pessoa tem de ter fé, mas não adianta você ficar numa cadeira e pensar que Deus irá te ajudar. Então a melhor maneira de buscar melhoria é através do trabalho mesmo”, disse.
De tão degradada a situação abecedista basicamente não foi alterada em relação às estatísticas. A equipe, a dez jogos do fim da competição, possui apenas 0,01% de possibilidade para livrar o rebaixamento e, necessita justamente de um milagre para conseguir a maior virada esportiva da história do futebol nacional.
Embora tudo venha indicando que o sarrafo de exigência para uma equipe se livrar da degola na Série B vá baixar para os 40 pontos, de tão complicada, nem assim o panorama permite ao alvinegro uma sensação de alívio. Para atingir o patamar salvador seria necessário a equipe vencer oito dos dez confrontos que ainda terá pela frente, ou seja, de uma forma ou de outra, comparando com um paciente em estado crítico, o ABC sobrevive com auxílio de aparelhos.
Se já viu sinais de evolução no rendimento da equipe na rodada passada, Argel Fuchs, que começou a lançar algumas peças colhidas na base do clube e se surpreendeu com o desempenho do garoto Andrey, vai ganhar novas opções ofensivas para o confronto contra o Novorizontino, na próxima segunda-feira, dia 25, no estádio Jorge de Biasi, em Novo Horizonte. O atacante Wallyson foi liberado para trabalhar normalmente com os demais companheiros e ficará à disposição do treinador.
O volante Wellington Reis e o lateral-direito Gedeilson ainda estão em trabalho de transição física, mas de acordo com as expectativas, apenas o lateral deve ganhar condições de retornar já na 29ª rodada. Wellington Reis só deve ser liberado para encarar a Ponte Preta. Quem terá de ficar fora por força do terceiro cartão amarelo, é o meio-campista Thonny Anderson.
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