Terça-Feira, 26 de novembro de 2024

Postado às 08h30 | 16 Out 2023 | redação No dia da apresentação de Tite no Flamengo, entenda o "titês"

Crédito da foto: Reprodução Gabigol cumprimenta o técnico Tite

Por Redação do ge — Rio de Janeiro

A extensa carreira de Tite é marcada por grandes títulos e admiração de jogadores. E também por curiosas expressões usadas em entrevistas coletivas, algumas que sequer existem entre as mais de 430 mil palavras da língua portuguesa (o famoso "neologismo").

Mais uma para vocês botarem no ‘titês'" — Tite, durante coletiva pela Seleção em 2021.

No tão esperado dia da apresentação do técnico no Flamengo (o ge e o sportv transmitem ao vivo às 14h30 desta segunda-feira), resgatamos (e explicamos) alguns termos do "titês", apelido dado pelas redes sociais ao vocabulário do treinador e que ganhou força em sua passagem na seleção brasileira. Veja abaixo:

Treinabilidade

Junção das palavras "treinamento" e "habilidade". É a capacidade dos jogadores de assimilarem as orientações e conseguirem executá-las no dia a dia dos treinos.

Externos desequilibrantes

São os famosos pontas, jogadores rápidos e agudos, que conseguem romper as linhas do adversário pelas laterais. Os mais velhos vão se lembrar do bordão do Jô Soares na televisão nos anos 80: "Bota o ponta, Telê". São os mesmos pontas, só que hoje em dia eles voltam o campo todo para marcar, acompanham laterais e precisam apoiar o ataque.

Jogador terminal

Nada mais é que o conhecido "homem gol". Aqueles jogadores especialistas nas finalizações e responsáveis por concluir as jogadas (na maioria das vezes é o centroavante).

Jogador híbrido

São aqueles jogadores que podem jogar de diferentes formas dentro da sua posição. Exemplo: um ponta pode ser agudo, que busca o gol ou assistência, ou pode ser um articulador que procura construções por tabelas (não confundir com polivalente, que seria atuar em mais de uma posição).

Jogador ritmista

É aquele que dá o ritmo que o jogo pede ao time. Geralmente são os meias, que armam as jogadas.

Tite em entrevista coletiva na Seleção — Foto: Edgard Maciel de Sá

Tite em entrevista coletiva na Seleção — Foto: Edgard Maciel de Sá

Arco e flecha

É o jogador que tem tanto a capacidade para construir quanto para finalizar as jogadas.

Lateral construtor

São aqueles com capacidade de jogarem mais pelo meio e construírem jogadas por dentro do campo.

Jogo apoiado

É o estilo de jogo com aproximação de jogadores para troca de passes na fase ofensiva, ou seja, as linhas se movimentam de forma compacta. A ideia é o portador da bola ter sempre uma opção de passe por perto.

Último terço

Imagine o campo dividido em três partes: defesa, meio e ataque. O último terço equivale ao setor ofensivo e é localizado mais ou menos entre a intermediária e a linha de fundo.

Rec 5

É a pressão que os jogadores devem fazer sobre o adversário para recuperar uma bola perdida no campo de ataque. A ideia é conseguir dentro de cinco segundos para evitar um contra-ataque.

Zona 14

Imagine o campo dividido em 18 partes (ou zonas). A 14ª é a que fica na entrada da área e é de onde estudos consideram que surgem as jogadas mais perigosas.

Performar

Nada mais é do que o time ou o jogador conseguir ter uma boa performance (atuação) na partida.

Oportunizar

Dar oportunidade a jogadores que não vem sendo usados, de forma a possibilitar que eles consigam render dentro de uma equipe organizada.

Complacência

Termo usado como forma de dar um "voto de confiança" a um jogador que não vive uma boa fase (o popular "tem crédito").

 

A primeira semana

Do anúncio até a coletiva foram sete dias, sendo cinco já vividos intensamente no CT. A chegada de Tite tomou conta da programação rubro-negra na última semana. Treinos terça, quarta, quinta, sexta e sábado até a folga de domingo e a reapresentação nesta segunda.

O primeiro dia trouxe um choque de realidade em relação às comissões que passaram recentemente no clube. O cumprimento individual a cada funcionário do Ninho chamou atenção já nas primeiras horas, e a reunião feita ainda na terça recuperou o trato "olho no olho", tão incomum nos últimos meses.

Tite buscou o diálogo em sua primeira semana no Flamengo — Foto: Marcelo Cortes / CRF

Tite buscou o diálogo em sua primeira semana no Flamengo — Foto: Marcelo Cortes / CRF

Tite escolheu se ambientar com o novo local de trabalho e com os novos companheiros de clube antes de falar com a imprensa (por isso a coletiva foi marcada para a sua segunda semana). O Rubro-Negro não se opôs e respeitou o momento do treinador.

O comandante se apresentou mais observador nos primeiros treinos até se tornar de fato participativo nas atividades. As conversas individuais com os atletas tem ganhado espaço neste primeiro momento. O processo tem sido comum e o objetivo é fortalecer as relações.

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