Por Marcos Santos / Repórter do JORNAL DE FATO
O zagueiro Anderson Carioca vai para a sua segunda temporada defendendo a camisa do Potiguar, e a terceira atuando no Nordeste. Antes, ele jogou no futebol piauiense pelo River, em 2021. O atleta fez elogios ao futebol da região em termos de oportunidade e também de carinho da torcida, e admitiu arrependimento por não ter vindo atuar na região mais cedo na carreira.
"Me arrependo um pouco ter vindo para o Nordeste tarde. A minha primeira experiência foi no River em 2021, e vi que era um mercado maravilhoso para o futebol. O pessoal do Sudeste não tem noção o quanto o mercado do Nordeste é bom, cara", disse ele durante entrevista ao canal do Potiguar no Youtube – TV Potiguar de Mossoró.
O defensor alvirrubro fez uma comparação, entendendo que as chances são maiores para um atleta ascender na carreira atuando no Nordeste mesmo jogando em um clube de menor expressão, em relação aos que atuam, por exemplo, no Rio de Janeiro.
“Não me entenda mal, não é menosprezando, é a questão de parâmetro, entre o Potiguar e o clube do primeiro patamar do Nordeste que é o Fortaleza, o degrau é muito menor do que você, por exemplo, sair do Bangu para o Flamengo. Então aqui tem mais oportunidades do que no Sudeste", disse.
“Por isso, me arrependo um pouco, porque eu tive oportunidade de vir mais novo, mas é tudo no tempo de Deus".
Anderson tem 32 anos e renovou contrato para mais temporada no Potiguar. Ele veio para o futebol mossoroense após receber convite do então técnico do alvirrubro, Emanoel Sacramento, isso no primeiro semestre deste ano. O defensor admitiu que pensou em parar, antes de vir para a segunda passagem pelo futebol do Nordeste.
“Já estava querendo parar no futebol, vendo outras situações por fora, mas deu certo. Vim por Emanoel Sacramento, um paizão que eu tenho no futebol, que agregou muito também na minha carreira”, disse ele, que falou do bom relacionamento que ostenta com os alvirrubros.
“Estou muito feliz aqui. A identificação no Potiguar foi logo de cara, fiquei apaixonado pela torcida. O meu segundo jogo foi no Nogueirão, e aquela torcida enchendo, gritando, apoiando o tempo inteiro do jogo, então vi que aqui é diferente em relação aos outros clubes que passei", ressaltou.
Anderson começou na base do Fluminense/RJ, mas foi no Audax/SP que ele se formou como atleta profissional. Aliás, o zagueiro rasga elogio ao clube paulista – antes chamado de Pão de Açúcar – por ter sido importante em sua carreira como atleta e cidadão.
"Foi o clube que me deu todo o respaldo, ser um ser humano melhor, um profissional melhor, então por tudo que sou, grande parte, eu devo ao Pão de Açúcar/Audax. Lá eles formam o homem, o atleta. Não forma o jogador, o principal (objetivo) não é o ganhar jogo, é o comportamento, o dia a dia; também são muito rígidos no estudo”, referendou.
“Por ser o atleta que sou, focado e concentrado, sempre querendo evoluir, aprender todo dia, é uma coisa que eu aprendi lá”.
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