Segunda-Feira, 25 de novembro de 2024

Postado às 15h30 | 17 Jan 2024 | redação Caso Daniel Alves: jogador dá nova versão e alega embriaguez

Crédito da foto: Reprodução São Paulo foi o último clube de Daniel Alves no Brasil

Por Redação do ge — Barcelona

A defesa de Daniel Alves apresentou um novo elemento junto à Justiça da Espanha em sua quinta tentativa para pedir absolvição do jogador. Segundo os jornais La Vanguardia e El Periódico, o brasileiro vai alegar que estaria embriagado na madrugada do dia 30 de dezembro, quando foi acusado de estupro por uma jovem de 23 anos, em Barcelona. A nova versão seria uma tentativa de atenuação da pena por embriaguez.

O julgamento do ex-jogador do Barcelona e da seleção brasileira deve ocorrer entre os dias 5 e 7 de fevereiro. A alegação de que estava embriagado no dia que teria ocorrido o crime não estava em nenhuma das versões anteriores apresentadas por Daniel Alves. Na defesa, a advogada Inés Guardiola defende que o acusado "não tinha plena consciência do que fez", segundo relato da imprensa catalã.

O La Vanguardia e o El Periódico também afirmam que a defesa do jogador brasileiro quer o testemunho da ex-esposa de Alves, a modelo Joana Sanz. Ela poderia relatar, segundo os jornais, que Daniel chegou em casa "muito perturbado" na manhã após os fatos ocorridos na casa noturna de Barcelona. Sanz, porém, estava nas Ilhas Canárias naquele dia.

A defesa de Daniel Alves espera que a ex-esposa do jogador conte em juízo sobre outros episódios do jogador relacionados ao consumo de álcool. Inés Guardiola deve apresentar os recibos do total de bebidas consumidas naquele dia. A sustentação vai manter a argumentação do advogado anterior, Cristóbal Martell, de que a relação sexual foi consensual e após um “prévio flerte”.

Essa é a quinta versão diferente apresentada por Daniel Alves. O Ministério Público rejeita todas e pede nove anos de prisão ao jogador. A defesa da vítima negou acordo e requereu 12 anos de detenção ao brasileiro.

A Justiça impôs a Daniel Alves o pagamento de € 150 mil (R$ 783 mil) à vítima caso seja condenado, a título de danos morais e psicológicos. O lateral, que teve quatro pedidos de liberdade negados, vai aguardar o julgamento na prisão onde está desde janeiro, nos arredores de Barcelona.

Entenda a acusação

Nos primeiros dias após a prisão do jogador, os principais jornais da Espanha – como "El País" e "El Mundo", de Madri, e "El Periódico" de Barcelona – publicaram trechos do depoimento prestado à Justiça pela mulher que acusa Daniel Alves de estupro. O jogador está em prisão preventiva sem direito a fiança. Ele nega ter cometido o crime do qual é acusado.

De acordo com os relatos publicados pela imprensa espanhola, a vítima contou no depoimento que no dia 30 de dezembro de 2022 estava na boate Sutton, em Barcelona, quando o grupo do qual fazia parte recebeu um convite para entrar numa área VIP. Um garçom as levou até uma mesa onde estava Daniel Alves, a quem a vítima inicialmente não reconheceu. Um grupo de mexicanos, amigos do jogador, o apresentou à denunciante.

Segundo os jornais, a vítima relatou à Justiça que ela e Daniel Alves dançaram juntos até que o jogador "levou várias vezes a mão dela até seu pênis, que ela retirou assustada". Por volta das 4h30 da madrugada, ele pediu a ela para segui-lo até uma porta. Assim que entraram, ela se deu conta que estava num banheiro. Ali teria ocorrido o crime.

Sempre de acordo com o depoimento da denunciante, ela teria tentado sair do banheiro, mas foi impedida. Daniel Alves a teria penetrado de maneira violenta até ejacular. Ele teria sido o primeiro a deixar o banheiro. Quando ela saiu, contou o que aconteceu a uma amiga.

Quando a segurança do local foi informada, o lateral já tinha deixado a boate. A vítima foi imediatamente fazer exames num hospital. Dois dias depois, ela fez a denúncia à polícia. O DNA de Daniel Alves foi encontrado nos testes feitos pela moça. Desde o início, a juíza do caso afirma que "há provas suficientes" para a condenação do jogador.

A previsão é que o julgamento ocorra entre os dias 5 e 7 de fevereiro deste ano. Desde que foi preso, Daniel Alves teve quatro pedidos de liberdade provisórias negados, o último deles em novembro.

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