Por Marcos Santos / repórter do JORNAL DE FATO
O presidente do Baraúnas, Lima Neto, afirmou que a Prefeitura de Mossoró está atrasada com cotas de patrocínio, diferente do rival Potiguar. De acordo com o dirigente, de cinco cotas previstas, o tricolor não recebeu nenhuma até o momento.
“Até agora, da cota da Prefeitura, que é patrocínio master, não recebemos nada, muito pelo contrário, ficamos sabendo e foi uma surpresa, a Prefeitura parcelou em 5 cotas e, na segunda-feira passada (11), ela não só pagou a do mês, como também antecipou a última cota, que seria paga no mês de julho, ao Potiguar. E o Baraúnas, além de não receber, não teve nenhuma cota antecipada”, afirmou ele.
“Isso era até uma pauta da diretoria como forma de mitigar os gastos com jogos fora, mas não tivemos retorno; o secretário ficou de me dar um retorno na quinta, não me deu, e nem atendeu às ligações. O que nós temos até agora, infelizmente, é amargar essa situação sem recursos financeiros do nosso patrocinador, porque a primeira cota já está atrasada há 60 dias”, completou Lima.
No domingo, 17, o presidente do Baraúnas foi entrevistado no programa “Show de Bola”, da FM 105, e revelou o problema. No contato com a reportagem do De Fato, Lima pediu que o prefeito Allyson Bezerra “tenta boa vontade” para resolver a situação.
“Então é chamar a torcida para nos apoiar, e cobrar da Prefeitura que tenha vontade de resolver a situação; quem tem a vontade, tem a metade. Ter ao menos vontade de resolver, dar uma satisfação, traçar novas datas para que o clube possa alinhar o seu planejamento. Até porque, foi a Prefeitura que marcou a reunião e chamou o Baraúnas, estávamos em negociação com um outro patrocinador master, e a gente optou por vender ao ‘Mossoró Realiza’, mas vendemos para receber. Que tenha essa consciência, e que haja vontade por parte da Prefeitura”, asseverou.
O presidente do Leão também censurou o comportamento do prefeito Allyson Bezerra por não “cuidar com as pautas”, desde que o Nogueirão foi interditado. Lima Neto também lembrou que o Baraúnas sofreu em 2022 pelo distrato da Prefeitura.
“Esperamos que a história não se repita, porque o último patrocínio da Prefeitura (em 2022), o clube amargou mais de 365 dias de atraso. E na primeira reunião com o prefeito, ele (Allyson Bezerra) fez olhar no olho da diretoria, e prometeu que não havia interlocutor e que o diálogo com ele seria direto. Isso fez a gente dar uma credibilidade, mas agora enfrentamos dificuldade para solucionar as pautas e desde que marquise do Nogueirão caiu, nós solicitamos uma reunião presencial com ele, e não conseguimos”, disse.
“A gente entende que o prefeito não tem tempo, mas isso não dá o direito de tratar o Baraúnas e o futebol de Mossoró da maneira como vem tratando, esquecendo que a gente existe”, concluiu.
Clube reconhece pendência, mas rebate nota da Secom
A Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Mossoró (SECOM) emitiu um comunicado no domingo, 17, esclarecendo a situação em que envolve o Baraúnas sobre cota de patrocínio. De acordo com a nota, a Prefeitura não fez o repasse devido ao débito do clube com a Justiça do Trabalho.
“A Prefeitura Municipal de Mossoró esclarece a respeito de pagamento de patrocínio à Associação Cultural Esporte Clube Baraúnas para o ano de 2024, que o clube está com pendências e débitos trabalhistas e não pode receber integralmente o repasse em virtude de decisão da Justiça do Trabalho – 2ª Vara do Trabalho de Mossoró – ATSum 0050000 –41.2012.5.21.0012, conforme Mandado recebido pela Secretaria Municipal de Governo no dia 8 de março de 2024”, diz o comunicado.
No entanto, o Baraúnas rebateu, afirmando que a pendência trabalhista do clube não impede o repasse, assim a Prefeitura realizasse o pagamento direto em uma conta judicial, o que não foi feito.
“A Associação Cultural Esporte Clube Baraúnas reconhece a existência do processo, que pede que o crédito seja feito em uma conta judicial, e não muda o fato do crédito não ter sido realizado. O clube tentou dialogar durante toda a semana, na quinta-feira a própria PMM tratou como prazo legal para resolver a celeuma. No entanto, o pagamento ainda não foi efetuado e até agora não temos resposta da SECOM”, diz a nota divulgada pelo Baraúnas.
O patrocínio acordado com a Prefeitura foi de R$ 120 mil (R$ 96 mil líquidos, após descontados 20% do agenciamento), para serem recebidos em cinco cotas divididas em valores iguais,
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