Segunda-Feira, 25 de novembro de 2024

Postado às 10h00 | 21 Mar 2024 | redação Clubes falam em ‘Cessão de Direito’ para uso do Estádio Nogueirão

Crédito da foto: Reprodução Estádio Nogueirão teve a marquise levada pela ventania em fevereiro deste ano

Por Marcos Santos –Repórter do JORNAL DE FATO

Baraúnas e Potiguar sugerem uma saída na tentativa de reabrir o Estádio Nogueirão, enquanto o processo para se obter uma nova praça esportiva não for concluído. Por meio de um ato jurídico, que pode partir da iniciativa da gestora, a Prefeitura de Mossoró, ou em parceria com os clubes, o Nogueirão receberia a reforma mínima para voltar à sua funcionalidade em prazo determinado.

A medida objetiva evitar o sofrimento dos clubes com os gastos para atuar fora de Mossoró, já que o Nogueirão está interditado. Há pouco, Baraúnas e Potiguar tiveram de mandar suas partidas em outra praça/cidade e sofreram um prejuízo financeiro e também técnico. Como o plano em questão demanda um tempo, já que envolve execução de obras no estádio, observaria a reabertura do Nogueirão para 2025. O presidente do Baraúnas, Lima Neto, admitiu essa possibilidade.

“Através de um instrumento jurídico, chamado ‘Cessão de Direito’, já que a Prefeitura não aponta para uma solução, sugere-se um consórcio entre Baraúnas e Potiguar para juntos tentarem resolver pendências mínimas do Nogueirão, porque cada jogo fora de Mossoró o custo total beira os R$ 11 mil, então é um custo muito alto para os clubes”, disse ele durante sua participação no Podcast “Conexão Oeste”, na noite de segunda-feira, 18.

O seu raciocínio é o mesmo defendido pelo Potiguar. A ideia é fazer a reforma mínima a fim de deixar o Nogueirão funcionando nos próximos dois ou três anos, enquanto um novo estádio não for construído e disponibilizado para os clubes. Comenta-se que o processo de permuta do terreno onde está situado o Nogueirão, para se obter um novo estádio por meio de Parceria Público-Privado (PPP), está em curso por parte da gestora, a Prefeitura.

Caso o instrumento jurídico seja colocado em prática, uma análise por parte de engenheiros apontaria o serviço a ser feito, mas a reforma provavelmente atenderia melhorias no túnel de acesso das equipes, a questão da acessibilidade, e reparos na estrutura atingida com a queda da marquise. Tal estrutura se refere a cabinas de imprensa e camarotes.

Devido à falta de obras de acessibilidade, o estádio está interditado pela Justiça desde o dia 7 de fevereiro. Mas com a reforma mínima e o argumento do novo estádio, seria possível destravar a situação.

Quem banca a reforma? Esse é o “x” da questão.

Diante da dificuldade financeira enfrentada pelos times, sugere-se que as obras sejam bancadas pela Prefeitura ou a Prefeitura faça um aditivo sobre o valor do patrocínio dispensado aos clubes, para que os próprios times possam ter a condição de realizar o serviço, como parte interessada no processo. Essa segunda opção, observa-se a questão legal em âmbito jurídico, evitando dano administrativo à Prefeitura que, paralelamente busca viabilizar o processo de permuta.

Uma reunião com o prefeito Allyson Bezerra para discutir o assunto, ter adesão da Prefeitura, já foi solicitada há mais de um mês. Aliás, os dirigentes reclamam a falta de diálogo do prefeito com a causa do futebol, principalmente depois da interdição do estádio.

Ainda no podcast de segunda-feira, o presidente do Baraúnas reiterou a defesa pela reabertura temporária do Nogueirão, como solução para os times locais evitarem gastos futuros.

“O Baraúnas briga por vaga na Copa do Brasil e na Série D e, caso o clube consiga o acesso, passando a ter calendário de jogos para o próximo ano, deveríamos ter em média 20 jogos como mandante e, colocando uma média de R$ 10 mil por partida, daria um custo total de R$ 200 mil, algo fora da nossa realidade”, disse Lima.

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