O Baraúnas anunciou que vai recorrer da decisão da Comissão Disciplinar do TJD/RN tendo em vista que o clube afirma que cumpriu o regulamento em relação a escalação do jogador Ramon contra o Globo.
Para os novos desafios nos tribunais, o clube mossoroense contará com o reforço do escritório do advogado Michel Assef Filho, que já defendeu por muito tempo o Flamengo no STJD, como também o Cruzeiro e diversos outros clubes do país.
Michel Assef Filho acredita na vitória do Baraúnas na justiça desportiva e defenderá o clube já na audiência no pleno do TJD/RN, ao qual o clube recorrerá.
A diretoria do Baraúnas garante ir até a última instância para poder disputar as semifinais. "Vamos fazer o possível para garantir nosso direito de jogar as semifinais e com o Doutor Michel se juntando à nossa equipe de advogados, ganhamos mais um reforço nessa disputa", declarou o presidente do Tricolor.
O julgamento
Por unanimidade, a primeira comissão do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD/RN) julgou procedente a notícia de infração do ABC contra o Baraúnas e puniu o tricolor mossoroense com perda de seis pontos e multa de R$ 1 mil. O julgamento aconteceu na noite desta quinta-feira, 4, na sede da Federação estadual de futebol, em Natal.
“A gente não concorda com essa decisão e vamos recorrer ao Pleno, e já amanhã vamos entrar com uma liminar pedindo a paralisação do campeonato”, afirmou Lima em contato com a reportagem do De Fato.
Após o ritual de leitura e apresentação de defesa e denúncia sobre o “Caso Ramon” por parte de advogados dos clubes, o relator Thiago Galvão Simonetti iniciou a votação, julgando procedente a ação do ABC. Na sequência, outros quatro auditores seguiram a linha de raciocínio do relator.
Por meio do advogado Marcos Medeiros, o ABC usou o Regulamento Específico da Competição (REC), em seu artigo 41, para expor que o atleta Ramon, do Baraúnas, jogou de forma irregular contra o Globo FC. No entendimento do clube da capital, Ramon tinha três cartões amarelos e deveria ter cumprido a suspensão automática.
Tais cartões, um tomado na semifinal do 1º turno e os outros dois no segundo turno.
A defesa do Baraúnas usou o próprio REC em seu artigo 9 que versa sobre cartões como critério de desempate para classificação de turnos e, como tal, o advogado Eduardo Silvério interpretou que os cartões não podem ser contabilizados de um turno para o outro, também para efeito de suspensão.
Eduardo Silvério também falou que o regulamento do campeonato caseiro é omisso e lembrou que o Baraúnas não participou da discussão para confecção de tal regulamento, pois a promoção do time de volta à primeira divisão ocorreu após a aprovação do documento.
Com o resultado em primeira instância, o Baraúnas cai na tabela do returno de segunda para a terceira colocação, sendo eliminado. E o ABC, que terminou em 3º lugar, sobe para segundo. O Baraúnas tinha 8 pontos e passou para dois (após subtraído seis), enquanto o alvinegro da capital soma três.
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