Por Marcos Santos / Repórter do Jornal de Fato
A Casa do Atleta do Baraúnas está vazia. Todos os atletas foram liberados e apenas alguns têm contrato até o meio do ano, devendo ser emprestados para outras equipes. Diante do imbróglio judicial e o tempo para conclusão do recurso sobre o “Caso Ramon”, não havia outra decisão do clube senão essa de liberar os jogadores.
“Alguns jogadores que estão lá, salvo engano uns três, não foram ainda devido à questão de voo. Não havia a menor condição de manter o elenco, por uma situação (judicial) que não será resolvida agora e que irá demorar um tempo”, disse o presidente do clube, Lima Neto.
O Baraúnas tenta recuperar os seis pontos perdidos no “Tapetão” após denúncia do ABC sobre suposta irregularidade do volante Ramon no jogo contra o Globo FC pela 3ª rodada do segundo turno do Estadual.
Nesta quinta, 11, o Pleno do TJD/RN (Tribunal de Justiça Desportiva) julgará o processo quando decidirá se mantém ou reforma a decisão da Primeira Comissão Disciplinar da casa, que deu provimento à queixa do ABC, retirando os 6 pontos e aplicando multa de R$ 1 mil ao tricolor mossoroense.
Supondo que o Pleno não irá reformar a decisão, Lima Neto já adiantou que os advogados contratados pelo clube estão prontos para darem sequência à matéria em esfera nacional, adentrando ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, o que levará um tempo para ser analisada e concluída.
“Pelo que escutei dos meus advogados, o trâmite pode levar meses. Temos consciência que, em caso de vitória lá e eu acredito nisso, jogaremos a reta final do campeonato com uma equipe bem diferente em relação à que terminou há pouco”, ressaltou o dirigente.
Sobre a defesa do Caso Ramon, os advogados do Baraúnas entendem que o atleta não jogou com três cartões amarelos, e sim com dois na partida contra o Globo, pois entendem que os cartões não podem migrar de um turno para o outro, pois são critérios de desempate para a classificação. Para isso, eles se apoiam em regulamento dúbio.
Já a defesa do ABC, como base no regulamento específico da competição, afirma que os cartões são contados de turno para turno e, com isso, Ramon deveria ter cumprido suspensão contra o Globo, o que não ocorreu.
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