Marcos Santos –Repórter do Jornal de Fato
Diante do atual contexto, o Potiguar terá de “escalar uma montanha” se quiser fazer uma boa campanha na Série D do Campeonato Brasileiro, que irá largar neste fim de semana. As dificuldades são enormes e representadas principalmente para a falta de campo tanto para treinar quanto para mandar seus jogos na competição.
O estádio Leonardo Nogueira, que foi espécie de amuleto do time na edição passada, está fechado, e o alvirrubro terá de realizar os seus jogos em Assú, o que reduz drasticamente o número de torcedores, além de representar uma despesa extra, como ocorreu no Estadual.
No contato com a reportagem do De Fato, o técnico Robson Melo falou da árdua missão por que irá enfrentar o clube na competição nacional.
“Além das dificuldades internas, de campo para treinar, dificuldade de locomoção, a gente tem esse problema de local de jogo. No Nogueirão, a gente tem uma identidade, uma atmosfera toda positiva com o torcedor nos apoiando, não tem desgaste de viagem, de logística, de despesa. Fazer futebol em Mossoró é tudo mais difícil e ainda mais sem o Nogueirão, fica ainda mais complicado. Então, a nossa responsabilidade sobra, assim como as dificuldades do time”, disse ele.
“Por mais que Assú seja a 70 quilômetros daqui, é um estádio diferente, é um gramado diferente, nosso torcedor tem que se deslocar até lá, então tudo é mais difícil para o Potiguar. Então, temos que ter resiliência, trabalhar muito, para superarmos esses desafios”, completou.
Além da estrutura e do cotidiano, os adversários em si. Robson Melo fez uma análise e, teoricamente, entende que o grupo é bem mais difícil em relação ao do ano passado. O Potiguar está na chave 3 junto com os cearenses Iguatu, Maracanã e Atlético; os paraibanos Sousa e Treze; e os “conterrâneos” América e Santa Cruz.
“Essa chave é tão difícil quanto a do ano passado. A gente vê o Iguatu bem mais fortalecido, o Sousa vivendo um momento bom na temporada, o Treze fazendo um resgate rápido do seu conceito de jogo; tem o América forte, o Santa Cruz que fez um bom campeonato estadual, o Maracanã que foi até a semifinal do Cearense, então é um grupo muito difícil. E temos que nos se preparar. Já solicitei alguns reforços em algumas posições carentes do nosso grupo, espero que o presidente entenda isso e possa me dar esses reforços, porque estou precisando, e que a gente estreie bem contra o Atlético Cearense”, analisou.
TIME
A estreia será sábado, 27, contra o Atlético Cearense, em Horizonte. A única dúvida é sobre aproveitamento do lateral-esquerdo Izaldo, recém-contratado, e do meia-atacante Wilson, que vem se recuperando de problemas intestinais, o que afastou dos treinos desde segunda, 22.
O zagueiro Anderson Júnior se recuperou de lesão, voltou aos treinos nesta terça-feira, 23, mas provavelmente inicie o jogo no banco. O volante Jeovani Silva, que vem treinando improvisado, deve formar miolo de zaga com Douglas Santos.
Nos treinos, Robson pôs o volante Jeferson entre os titulares a fim de fortalecer a pegada no meio de campo, o que indica também mudança na postura tática, saindo do 4-3-3 usado no Estadual para o tradicional 4-4-2.
A provável formação para sábado será Diego Almeida, Alessandro, Douglas, Jeovani Silva e Pedrinho (Izaldo); Jeferson, Portel, Giovanni e Walber; Sampaio (Wilson) e Talisson.
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