Lima Neto, presidente do Baraúnas
Por Marcos Santos – Jornal de Fato
O presidente do Baraúnas, Lima Neto, está decepcionado com o prefeito Allyson Bezerra sobre a questão do Estádio Municipal Leonardo Nogueira, que se encontra fechado há mais de quatro meses e causando sérios prejuízos aos clubes.
A promessa de Allyson feita aos dirigentes dos clubes mossoroenses de entregar um novo estádio em seis meses, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), não se concretizou. De acordo com Lima, a última vez que os dirigentes de Baraúnas e Potiguar estiveram reunidos com o chefe do Executivo local foi em janeiro deste ano.
“Quando ele (Allyson Bezerra) falou da permuta que, na verdade é uma PPP, eu estava ao lado dele, quando ele colocou que ‘em seis meses faria um novo estádio’... Já se passaram seis meses, e nem o edital está publicado”, criticou Lima durante sua participação no programa “Direto ao Ponto”, da 93 FM.
Na ocasião, o dirigente leonino também demonstrou preocupação com o processo de permuta do estádio e aponta ter falhas em sua execução. De acordo com Lima, as diretrizes adotadas pela Prefeitura não estão em conformidade, com base em lei atualizada sobre o uso de Parceria Público-Privada em questão.
“Para se ter um valor de avaliação do Nogueirão é fácil, o bem está aí construído, mas o grande problema é como vai fazer avaliação do bem do novo estádio, pois não se tem um projeto arquitetônico definido, uma planilha de custos, os projetos complementares. O que se tem é um plano de necessidade que diz abstratamente o que pode ser feito com aquilo”, observou.
“Hoje, não se pode licitar nem com projeto básico, precisa ter todos os projetos complementares para auxiliar na formatação da planilha. Imagine estabelecer um processo de permuta o qual não se tem projetos sólidos? Pode ser improbo se não obedecer às diretrizes da PPP nacional”, completou.
Diante dos problemas expostos pelo dirigente do Baraúnas, que também é engenheiro civil, o processo de permuta para se obter uma nova praça pouco avançou. “Então, estamos na estaca zero, não passamos nem de 10% porque sequer temos os valores de avaliação”, disse.
Até o fechamento desta edição, a Prefeitura não havia se manifestado sobre o assunto.
O fato é que, o Nogueirão segue fechado, sem perspectiva de reabertura ou reforma, e até mesmo bem distante da promessa do prefeito Allyson de construir um novo estádio em outro endereço, diante do cenário obscuro.
Em audiência recente na Câmara Municipal, a questão do Nogueirão foi debatida e a ideia majoritária entre os participantes que representaram a sociedade mossooense no evento é pela permanência do estádio no local de origem – no bairro Nova Betânia – em respeito ao patrimônio público e, sobretudo, ao pertencimento cultural e esportivo.
O Nogueirão está fechado há 132 dias devido à prefeitura não ter atendido ao TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) sobre as obras de acessibilidade. Com isso, a Justiça acatou pedido do Ministério Público (MP) e determinou pela interdição do estádio sob pena de multa.
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