Por Marcos Santos / Repórter do Jornal de Fato
O Potiguar não vem vivendo um bom momento na temporada. Desde o Estadual, o alvirrubro enfrenta crise de resultados. Na Série D do Brasileiro, o time amarga a última colocação na chave A3 com apenas 4 pontos, alimentando somente chances matemáticas de brigar por classificação, faltando cinco rodadas para o fim da fase inicial.
Para o vice-presidente do clube, Djalma Júnior, boa parte do fracasso do time pode ser debitado pelo fato de o Estádio Nogueirão está fechado, o que obriga a equipe a jogar todos os jogos fora de Mossoró, longe da torcida, tomando prejuízo técnico.
“Hoje 60% do fracasso do Potiguar na temporada é fator campo. Se nós tivéssemos o Nogueirão, a situação seria outra. Vários jogos que tropeçamos, muito provavelmente não teríamos perdido. Jogando em casa, o jogo é outro, a atmosfera é outra”, afirmou o dirigente durante sua participação no programa “Direto do Ponto”, da FM 93.
Além da questão técnica, há prejuízos de ordem financeira, pois a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) só custeia as despesas de equipes visitantes no campeonato.
“Além disso, a questão da bilheteria, onde deixa de arrecadar, quando na verdade estamos pagando para jogar, indo para Assú, o que enfraquece as finanças do clube”, completou Djalma.
O Potiguar não atua em Mossoró desde fevereiro, quando o estádio foi interditado pela Justiça. É que a gestora, a Prefeitura de Mossoró, descumpriu o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) por não executar as obras de acessibilidade. Com isso, a Justiça acatou a ação do Ministério Público (MP), decidindo pela interdição do campo em 7 de fevereiro.
De lá para cá, já são 7 partidas como mandante (3 pelo Estadual e 4 pela Série D), causando um prejuízo, de acordo com a diretoria do clube, calculado em R$ 80 mil. Os dirigentes já procuraram a Prefeitura para tentar melhorar o repasse de patrocínio, mas o prefeito Allyson Bezerra evita o contato.
O curioso é que, o prejuízo do Potiguar por jogar fora de Mossoró já se aproxima da cota de parceria da Prefeitura, que é de R$ 150 mil parcelada em cinco vezes de R$ 30 mil. Quando descontados os 20% da agência, a cota cai para R$ 120 mil.
TIME
Enquanto isso, o time segue treinando para tentar reencontrar o caminho da vitória. Já são oito rodadas de jejum. O último triunfo foi sobre o Atlético Cearense na abertura da Série D, no dia 27 de abril, quando venceu o jogo por 2x1, em Horizonte/CE.
O próximo confronto será na quarta-feira que vem, 26, diante do Santa Cruz de Natal, às 15h, no Estádio Barrettão, em Ceará-Mirim, pela 10ª rodada.
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