Por Marcos Santos / Repórter do Jornal de Fato
Torcidas de Potiguar e Baraúnas fizeram um protesto contra o Nogueirão fechado na noite desta quinta-feira, 25, na avenida em frente ao estádio – a João da Escóssia. Em alguns momentos, o ato parou o trânsito, mas foi pacífico.
Faixas foram estendidas e todas elas com menção ao prefeito Allyson Bezerra, que nada fez para evitar o fechamento do estádio. Uma delas diz que o prefeito "é o coveiro do futebol mossoroense", outra cobra o dinheiro de emendas possivelmente destinadas para melhorias para o campo, pelos deputados Coronel Azevedo (Estadual) e General Girão (Federal).
O Nogueirão foi interditado pela Justiça no dia 7 de fevereiro, atendendo ação do Ministério Público (MP) devido à Prefeitura não ter realizado obras de acessibilidade. A gestão teve dois anos (2022 e 2023) para executar o serviço, mas desprezou.
O Nogueirão fechado impacta na vida dos clubes locais, atinge o comércio informal e também prejudica a imprensa específica. Neste ano, Potiguar e Baraúnas sofreram sérios prejuízos jogando fora de Mossoró.
Na quinta-feira, 25, o Nogueirão completou 175 dias interditado e completamente abandonado pela gestão. No dia do protesto, foi publicado nas redes sociais um vídeo exibindo o campo no barro em cenário de desolação.
ESTAGNADO
O assunto permuta do Nogueirão estagnou, a própria gestão evita tocar no assunto. Especula-se em problemas no trâmite burocrático, trazendo suposta insegurança jurídica, afastando empresas em participar do processo.
A permuta como deseja o prefeito Allyson é por meio de uma PPP (Parceria Público-Privada), cedendo a valiosa área onde está situado o Nogueirão, no bairro Nova Betânia, para a classe privada e, em troca, a construção de um novo estádio em outro endereço.
O assunto foi debatido na Câmara Municipal de Mossoró (CMM) em abril deste ano e o pensamento majoritário entre os participantes foi contra a saída do Nogueirão do local de origem. Mostrou-se favorável a uma permuta contanto que a cessão seja parte do terreno (externo), permanecendo o Nogueirão (reformado) no mesmo local em respeito à sua história e também ao pertencimento cultural.
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