Por André Ribas — ge
Uma partida eliminatória. O Atlético-MG entendeu como jogar o duelo de quartas de final de Copa do Brasil. Fora de casa, conquistou uma vantagem simples diante do São Paulo, nesta quarta-feira, mas importante. Agora, pode até empatar em casa que garante uma vaga nas semifinais da competição.
Gabriel Milito escalou o Atlético sem surpresas nos nomes escolhidos. Hulk retornou ao ataque. Poupados contra o Fluminense, o zagueiro Junior Alonso, o meia-atacante Gustavo Scarpa e o atacante Paulinho retornaram ao time.
Mas, na estratégia, surpreendeu. Fez um jogo de reação e de controle sem bola, além de promover algumas alterações no posicionamento.
Pelo lado esquerdo, Guilherme Arana ficou mais próximo da linha de defesa, sem abrir tanto o campo, enquanto Paulinho aparecia mais por esse lado.
O Galo deu a velocidade da partida nos primeiros minutos. Ficava com a bola, procurava ter paciência, mas sem chegar com perigo ao ataque.
— Decidimos fazer uma partida de muita neutralização contra o rival e, a partir disso, poder recuperar a bola e atacar. Fizemos um bom trabalho coletivamente. Não é fácil segurar o São Paulo aqui. O time tem jogadores que desequilibram. Controlamos muito bem o jogo sem a bola — disse Milito, em entrevista coletiva.
Aos poucos, o São Paulo entrou no jogo e foi quem criou a primeira oportunidade. Em jogadaça, Rato deixou Bernard e Alan Franco para trás, tabelou com Calleri e finalizou forte. Everson fez grande defesa.
A resposta Alvinegra foi rápida. E passou por Hulk. No pivô, o camisa sete colocou Scarpa em condições de avançar. O meia-atacante carregou a bola, cortou para o meio, mas finalizou fraco. Facilitou a vida de Rafael.
O primeiro tempo foi de nenhuma finalização perigosa por parte do Atlético. Time apostou em um jogo mais direto em Hulk, sem criar tantas oportunidades. Isso poderia ser diferente caso Bernard conseguisse conectar mais passes e dar maior velocidade, mas não obteve sucesso.
Na defesa, a ideia foi definir encaixes no ataque do São Paulo e ter um maior controle da partida. Conseguiu em boa parte da primeira etapa e do jogo.
Everson em São Paulo x Atlético-MG — Foto: Marco Miatelo/AGIF
O Atlético voltou do intervalo e viu o São Paulo dominar os primeiros minutos. A pressão do time da casa trouxe problemas à saída de bola atleticana. No ataque, era o Tricolor quem mais ameaçava. Mais uma vez, Everson precisou salvar o time.
O desenho do jogo seguiu parecido: time da casa com a posse, e o Galo com uma marcação ajustada e bem forte. Desajustava quando Lucas acelerava e conseguia incomodar.
Com o tempo, os comandados de Milito conseguiram ter momentos de posse, como uma jogada bem trabalhada com Otávio e Paulinho.
A postura competitiva - como pede jogos assim - foi premiada nos acréscimos. Em cobrança de falta de Scarpa, Battaglia subiu na área e cabeceou para garantir a vitória e uma vantagem importante nas quartas de final da Copa do Brasil.
Comemoração do gol de Battaglia, do Atlético-MG — Foto: Marcos Ribolli
O Atlético soube como encarar o jogo. Se no ataque a produção não tão foi positiva, na defesa o controle foi diferente, além de contar com um pouco de sorte - no gol perdido por Lucas - e em uma bela atuação do goleiro Everson.
O maior mérito do Galo foi entender que não se tratava de uma partida de 90 minutos e sim de 180. E agora carrega uma vantagem importante para decidir em casa.
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