Marcos Santos – Jornal de Fato
Onde jogar em 2025? A pergunta é frequente entre os torcedores de Baraúnas e Potiguar em rodas de conversas, nas esquinas e nas redes sociais. De momento, não há uma posição oficial, faltando apenas três meses para iniciar a nova edição do Campeonato Estadual. Com o Estádio Nogueirão abandonado pela Prefeitura de Mossoró, os clubes correm contra o relógio, batendo à porta de cidades vizinhas para garantirem os seus jogos na competição caseira.
As diretorias de Baraúnas e Potiguar buscam duas direções diferentes para, ao menos, ter garantia de uma, para assim resolver o problema da falta de estádio. O tricolor tenta parceria com a prefeitura de Serra do Mel, enquanto o alvirrubro busca um convênio com Tibau. No entanto, não é só parceria, é torcer também que as obras acelerem visto que os estádios dessas duas cidades necessitam de melhorias para atender as exigências básicas para cobertura de jogos oficiais.
É o caso de Tibau. O estádio apelidado de Rogerão foi construído num passado recente para sediar jogos amadores e, para cobrir partidas oficiais, precisa de reforma. Um plano de ação para o estádio foi entregue pelo Potiguar e, caso o Executivo tibauense tope a parada, terá de investir em melhoria na iluminação e no gramado; instalação de cabines de imprensa e vestiário para árbitros; relocação dos bancos de reserva, entre outros.
Como são obras pequenas e que facilitam a agilidade, o vice-presidente do Potiguar, Djalma Júnior, acredita ser “possível deixar o Rogerão pronto até a abertura do Campeonato Estadual em janeiro de 2025”, assim a Prefeitura do Tibau decida pela parceria.
A situação de espera também ocorre em Serra do Mel, onde o Baraúnas mantém contatos quase diários com os assessores de lá, monitorando a situação do Estádio Municipal Francisco Antônio da Costa, o “Fião”. A diferença para o campo Tibau é que o Fião é novo e ainda não foi inaugurado.
A possível parceria com o Baraúnas está encaminhada, mas tudo irá depender da agilidade no processo de liberação de verba para conclusão das obras. Falta ainda dotar o campo de gramado, sala de operação da Polícia Militar e cabines de imprensa. Todo recurso é proveniente da Prefeitura local.
Em contato recente com a reportagem do De Fato, o presidente do Baraúnas, Lima Neto, afirmou que o Fião vem recebendo todo o cuidado técnico para atender os requisitos mínimos obrigatórios pelos órgãos de controle, e também se mostrou esperançoso na conclusão das obras devido essa pauta ser uma prioridade do prefeito Bibiano Azevedo (PL).
Tanto o pleito do Potiguar quanto do Baraúnas é uma incógnita.
NOGUEIRÃO ABANDONADO
Os dois clubes estão sem utilizar o Nogueirão desde 7 de fevereiro deste ano, quando a Justiça decidiu por interditá-lo devido à gestão, Prefeitura de Mossoró, ter descumprido o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) por não realizar as obras de acessibilidade. Três dias depois, a marquise do estádio desabou após forte chuva, causando também a interdição pela Defesa Civil.
Passando tempo, o gramado “sumiu”, o campo ficou no barro, e em alguns momentos o portão de acesso estava escancarado, num cenário de abandono total.
A Prefeitura, por meio da Secretaria de Esporte e Lazer, evita falar sobre o assunto. Durante a campanha eleitoral, o prefeito Allyson Bezerra renovou a promessa feita há três anos, afirmando ter planos para recuperar ou construir um novo estádio.
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