Quinta-Feira, 14 de novembro de 2024

Postado às 16h15 | 12 Nov 2024 | redação Defesa de Bruno Henrique pede arquivamento de investigação em caso de manipulação

Crédito da foto: Fernando Moreno/AGIF Bruno Henrique em Atlético-MG x Flamengo

Por Letícia Marques — ge

A defesa do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, pediu arquivamento da investigação da qual seu cliente é alvo. No último dia 5, em operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público, BH e familiares tiveram celulares e outras "mídias" apreendidos devido a uma investigação referente a uma eventual manipulação em jogo contra o Santos, em novembro de 2023.

Em nota assinada pelo advogado Ricardo Pieri Nunes, a argumentação principal é de que o STJD arquivou o caso em 2024, rechaçando qualquer hipótese de Bruno Henrique ter tomado cartão amarelo de forma premeditada. Confira o documento:

"Após análise de documentos que baseiam a operação da Polícia Federal e do Ministério Público contra o atleta Bruno Henrique, do Flamengo, por suposta manipulação em partida válida contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro de 2023, a defesa do atacante vem a público reforçar o caráter íntegro de seu cliente, que tem uma carreira vitoriosa moldada por ética e correção. Protocolizamos no último sábado na Justiça pedido de arquivamento da investigação e a imediata devolução de seus bens apreendidos em operação na última terça-feira.

É de se ressaltar que este caso já foi investigado e arquivado no STJD, por não encontrar indícios de manipulação por parte do referido atleta. O tribunal entendeu que o lance em questão, no qual foi aplicado o cartão amarelo a Bruno Henrique, nem sequer era passível de falta.

O tribunal também destacou à época de sua investigação a inverossimilhança da tese de manipulação, uma vez que o referido atleta teria esperado até os 52 minutos do segundo tempo para receber um cartão amarelo supostamente premeditado, correndo o risco de ser substituído ao decorrer da partida.

Protocolizamos também pedido para análise das informações que foram fornecidas pelas três casas de apostas mencionadas no processo à IBIA (International Betting Integrity Association). Nem a Polícia Federal nem o Ministério Público procuraram aferir se o método técnico-científico para a produção e extração dos dados que baseiam a denúncia foi devidamente observado. Verifica-se nos autos que a equipe policial não se desincumbiu de trazer aos autos registros válidos sobre a produção e extração dos dados e não assegura a confiabilidade das informações apresentadas.

Esperamos que essa investigação possa também ser arquivada com brevidade para que o atleta possa seguir exercendo sua profissão com integridade e sem maiores danos à sua imagem, que já foi atingida de maneira injusta e irreparável por uma operação infundada".

 

Após a conquista do pentacampeonato da Copa do Brasil, Bruno Henrique afirmou ser inocente e se emocionou ao abordar o assunto.

- Sim (sou inocente). Recebi (a operação) de uma forma agressiva. Não esperava da forma que foi, mas eu acredito na justiça lá de cima. Deus é um cara que sempre sabe. Minha vida, minha trajetória, desde quando eu comecei a jogar futebol. Deus sempre foi comigo. E, cara, eu estou tranquilo em relação a isso. As pessoas que estão aí nessa batalha comigo, eu só peço que a justiça seja feita e separar fora de campo com dentro de campo - disse ele, em entrevista ao Troca de Passes, do sportv.

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