Por Emanuelle Ribeiro e Letícia Marques - ge
A quinta-feira no Flamengo começou com demissão em massa em mais um departamento. Depois de mudanças no setor médico, o clube demitiu mais de 50 pessoas da base, entre funcionários e jogadores.
O ge apurou que o clube identificou que havia cargos desnecessários. A nova diretoria considera que houve aparelhamento da base nos últimos anos. Além disso, os dirigentes querem alinhar o trabalho das categorias inferiores à filosofia do profissional (veja abaixo a nota divulgada pelo Flamengo).
Entre os funcionários desligados, estão técnicos das categorias inferiores, do sub-11 ao sub-16. O treinador Raphael Bahia, que comandou o time na Copinha, foi um dos que deixaram o clube. Alguns atletas de categorias menores também foram informados de que não seguirão no Fla. A informação foi publicada primeiramente pelo canal “Flazoeiro”.
- Sinceramente, acho que há algumas "dobragens" de funções, pessoas que fazem exatamente a mesma coisa que os outros, o que não é necessário - comentou José Boto em entrevista ao ge na quarta-feira, sobre possíveis mudanças no departamento de futebol do Flamengo.
O português foi contratado pelo presidente Bap para reestruturar o departamento de futebol. Carlos Noval assumiu a coordenação da base e é um dos responsáveis pelo diagnóstico e pelas mudanças.
José Boto também citou o desejo de mudar a forma como os atletas das categorias menores são treinados no Flamengo.
- Há muitos treinadores na base trabalhando como se estivessem treinando equipes profissionais. O conceito deve ser formar o jogador, independentemente daquilo que pensa o treinador em termos de sistemas táticos, mas lhes dando os fundamentos típicos do futebol brasileiro e que fazem com que os europeus venham aqui buscar tantos jogadores.
As demissões novamente mexeram com o clube e pesaram o clima. A tendência é que novas mudanças aconteçam nas próximas semanas.
Veja a nota do Flamengo:
"O Clube de Regatas do Flamengo informa que está promovendo uma reestruturação estratégica nas categorias de base, com o objetivo de fortalecer ainda mais o seu papel como formador de grandes talentos do futebol, uma marca do DNA Rubro-Negro.
Essas mudanças estruturais visam alinhar as categorias de base do clube à filosofia de trabalho adotada no futebol profissional, garantindo uma integração vertical das ideias e padronização do modelo de jogo. A reformulação ainda inclui a adoção de práticas mais modernas, replicadas nos principais clubes do mundo, com foco na otimização de processos, funções e elencos."
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