Vini Jr comemora gol na vitória sobre a Colômbia
Por Davi Barros — O Globo
Parece paradoxal, mas após a derrota do Brasil por 4 a 1 para a Argentina, as chances da Seleção de se classificar para a próxima Copa do Mundo aumentaram. Apenas 0,28 ponto percentual, mas ainda é um acréscimo. Agora, as chances brasileiras são de 99,06%, frente os 98,78% da rodada passada.
Mas qual a explicação? O desempenho ruim da noite no Más Monumental não entra na conta, mas a justificativa está nos resultados dos concorrentes. O único país a vencer nesta 14ª rodada e que está atrás da seleção brasileira foi a Venezuela, que derrotou o Peru por 1 a 0 em casa.
A Argentina entrou em campo matematicamente classificada - cenário que o Gato Mestre havia identificado na rodada passada - já que Bolívia e Uruguai empataram em 0 a 0 na altitude de El Alto. Por outro lado, quem está sem chances de se classificar direto é o Chile, que agora só consegue chegar na sétima colocação, que dá vaga para a repescagem. Ainda assim, a chance é de só 1,2%.
A chance de ir para a Copa do Mundo só não é menor do que a do Peru, que tem 0,04% de chance de ficar entre os seis primeiros colocados, 0,82% de terminar na repescagem e risco de 99,14% de ficar de fora.
O maior crescimento em pontos percentuais foi do Paraguai, que arrancou empate com a Colômbia fora de casa em 2 a 2, aumentando suas chances em 3,71 pontos percentuais e agora com 95,14% de possibilidade de ir para a Copa. Mesmo número da adversária de terça-feira.
A pior queda foi da Bolívia, que fuzilou o gol de Rochet, mas parou no goleiro do Internacional. Os bolivianos viram suas chances de se classificar diretamente minguarem de 10,29% para 4,46%. A queda também se dá na possibilidade de ficar na repescagem, posto agora ocupado pela Venezuela, que agora tem 15 pontos e 53,84% de chances de terminar na sétima colocação.
Lembrando que os seis primeiros colocados se classificam de forma direta, enquanto o sétimo colocado disputa a repescagem.
Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, calculamos as chances de cada equipe vencer os jogos restantes, realizando 10 mil simulações para cada partida a ser disputada, o que resulta nos percentuais do quadro abaixo. A metodologia empregada está explicada no fim do texto.
Chances de classificação para a Copa do Mundo 2026
| País | Classificação | Repescagem | Não participará |
| Argentina | 100,00% | 0,00% | 0,00% |
| Equador | 99,93% | 0,07% | 0,00% |
| Brasil | 99,06% | 0,90% | 0,04% |
| Uruguai | 98,42% | 1,53% | 0,05% |
| Paraguai | 95,14% | 4,69% | 0,17% |
| Colômbia | 95,14% | 4,05% | 0,81% |
| Venezuela | 7,81% | 53,84% | 38,35% |
| Bolívia | 4,46% | 32,90% | 62,64% |
| Peru | 0,04% | 0,82% | 99,14% |
| Chile | 0,00% | 1,20% | 98,80% |
Fonte: Gato Mestre / Bruno Imaizumi
Metodologia
Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas em parâmetros de ataque e defesa das equipes quando jogam em casa ou fora. O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada time terminar o campeonato em cada posição foi empregado o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações para gerar resultados. Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.
*Gato Mestre é formado pelos jornalistas: Davi Barros, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Gusthavo Macedo, Ingrid Fernandes, Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira, Rodrigo Breves e Valmir Storti
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