O presidente do Baraúnas, Lima Neto, afirmou nesta quinta-feira, 3, que tomará uma decisão em agosto sobre a participação do clube na segunda divisão do Campeonato Estadual.
Rebaixado neste ano, o tricolor tem a oportunidade de retornar rapidamente à elite do futebol potiguar por meio da segundona, uma espécie de “repescagem” para as equipes rebaixadas na mesma temporada.
“Nós teremos uma posição em agosto, porque o campeonato geralmente começa em outubro ou novembro. Em agosto, a gente terá uma posição mais clara”, disse Lima durante entrevista ao repórter Jota Nobre, da RPC.
De acordo com o regulamento da Federação Estadual de Futebol, a equipe rebaixada tem garantida sua participação na segunda divisão na mesma temporada, podendo conquistar uma vaga de volta à primeira divisão caso seja campeã ou vice do torneio.
No entanto, a viabilidade de participação do Baraúnas na competição se apresenta como um grande desafio. O presidente Lima Neto destaca que, embora a diretoria já esteja investindo no desenvolvimento da base — um projeto que não pode ser interrompido —, será necessário buscar recursos para formar um elenco profissional.
“O clube tenta captar certos apoios. A diretoria entende que o projeto que não pode parar é o da base, e a questão da segunda divisão é um outro projeto que precisará ser viabilizado”, comentou.
Além disso, a situação é ainda mais complicada pela falta de um estádio para mandar seus jogos. O Estádio Municipal Leonardo Nogueira segue fechado, sem nenhuma perspectiva de reabertura.
“Se for para jogar em Assú, isso está descartado, porque o custo é muito alto. Nós não temos apoio nenhum da Prefeitura e nem ela demonstra apoiar o clube futuramente. Infelizmente, é essa a situação”, lamentou Lima.
Diante disso, a única esperança do clube, caso decida disputar a segundona, é a possibilidade de atuar na vizinha cidade de Serra do Mel.
“Temos uma esperança de jogar em Serra do Mel e veja que a gente não tem nenhuma esperança vinda de Mossoró, uma cidade com 300 mil habitantes sem um estádio de futebol. Ainda aguardamos uma resposta da Prefeitura, porque o clube não cobra nada de novo a não ser um direito do clube de mandar os seus jogos na cidade de origem e, do torcedor, de poder assistir uma prática esportiva dentro de sua cidade”, disse ele ao criticar a postura da gestora do estádio, a Prefeitura de Mossoró.
“A prefeitura municipalizou o estádio com o compromisso de mantê-lo operacional, mas mudou a ideia de fazer uma PPP (permuta), que assim seja, mas que ela demonstra ter a capacidade de executar isso aí, e não se comprova capacidade perdendo os prazos”.
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