Por Bruno Cassucci, José Edgar de Matos e Yago Rudá — ge
Com o afastamento temporário de Augusto Melo da presidência do Corinthians, o primeiro vice, Osmar Stabile, é quem assume o comando alvinegro até que a assembleia de sócios do clube se reúna para votar o impeachment.
Osmar Stabile é conselheiro vitalício e figura conhecida na política do Corinthians de longa data.
Ele foi vice-presidente de esportes terrestres durante a gestão de Alberto Dualib e se candidatou à presidência em 2009, sendo derrotado por Andrés Sanchez. Em 2018, ele chegou a iniciar campanha, mas desistiu da candidatura e se uniu a Antônio Roque Citadini – a chapa, porém, acabou impugnada.
Membro do grupo “União dos Vitalícios”, Stabile se aliou a Augusto Melo na campanha de 2023 numa tentativa do então candidato de angariar o apoio de veteranos da política do clube.
O presidente em exercício do Corinthians ganhou notoriedade nacionalmente em 2019, quando assumiu ter financiado a produção de um vídeo que fazia apologia à ditadura militar. O material chegou a ser publicado pela assessoria do Palácio do Planalto em um grupo de jornalistas no WhatsApp. Em nota, Stabile disse ser “patriota e entusiasta do contragolpe preventivo” de 1964.
Na vida pessoal, Osmar Stabile é dono da Bend Steel, empresa fundada em 1997, do ramo de usinagem, tornearia e solda.
O estatuto do Corinthians não prevê data para a realização da assembleia geral dos sócios que vai decidir pelo impeachment ou não de Augusto Melo. A expectativa é de que isso seja realizado dentro de um mês.
Caso os associados ratifiquem a destituição, uma nova eleição será realizada com a participação apenas de conselheiros do clube. Porém, se Augusto Melo decidir renunciar, Osmar Stabile assume a presidência com mandato até o fim de 2026.
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