Postado às 10h10 | 20 Abr 2017 | Edinaldo Moreno
Prazo dado pela Justiça para adequações no Nogueirão se encerra nesta quinta-feira
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Hoje, completa 90 dias que o juiz Pedro Cordeiro, titular da 1.ª Vara da Fazenda Pública da comarca de Mossoró, deferiu o pedido de liminar permitindo a reabertura do estádio Manoel Leonardo Nogueira, “Nogueirão”, que havia sido interditado pelo Corpo de Bombeiros. Na mesma decisão, o magistrado deu prazo de 90 dias para que as adequações necessárias fossem feitas, sob pena de revogação da tutela provisória concedida naquele momento.
Prazo encerrado. Por consequência, pergunta-se: as adequações exigidas no relatório do Corpo de Bombeiros, e reconhecidas pelo juiz, foram feitas no prazo de três meses definido pelo magistrado?
A reportagem do JORNAL DE FATO foi buscar a resposta, porém sem colher a situação exata do Nogueirão devido às informações imprecisas. Na Liga Desportiva Mossoroense (LDM), que ficou responsável pela administração do estádio durante o Campeonato Estadual 2017, a notícia é de que algumas coisas foram feitas e outras estão sendo executadas, como a instalação de corrimãos nas arquibancadas.
Outras exigências do Corpo de Bombeiros não foram solucionadas e um novo problema surgiu no sistema elétrico do estádio. Na quarta-feira, 12, o jogo entre Baraúnas x Globo foi suspenso devido o apagão e as duas equipes tiveram de voltar a campo no dia seguinte, durante o dia, já que não tinha iluminação.
Como o estádio pertence ao Município desde 2014, o problema deve subir as escadarias do Palácio da Resistência – sede da Prefeitura de Mossoró. Por enquanto, nenhuma posição oficial. Porém, é certo que a LDM devolverá a responsabilidade ao Município, já que a entidade não tem recursos para gastar no patrimônio que é público.
O ex-presidente da LDM Eudes Fernandes foi responsável pelas obras de reparo no início do ano, sem esclarecer se os recursos gastos com a obra foram do seu bolso ou de qualquer outra fonte. Ele apenas fez questão de pintar o nome de sua empresa na extensão das arquibancadas onde está interditado.
INCERTEZA
O juiz Pedro Cordeiro deve exigir que a LDM apresente relatório das obras realizadas. O Corpo de Bombeiros fará nova vistoria para verificar a situação. A partir daí, o magistrado decidirá se aceitará o laudo mantendo o Nogueirão aberto ou se revogará a tutela provisória concedida no dia 20 de janeiro de 2017.
A situação é preocupante, uma vez que o Potiguar estreará no Campeonato Brasileiro da Série D daqui a um mês, no dia 21 de maio, contra o Maranhão. O jogo está marcado para o Nogueirão, mas se o estádio voltar a ser interditado, o clube terá de buscar outra alternativa, o que seria um prejuízo considerável diante da fragilidade financeira da competição de quarta divisão do futebol .
Por enquanto, a diretoria do Potiguar não se manifesta sobre o assunto, no entanto os dirigentes não escondem a preocupação. Alguns, inclusive, defendem que se o Nogueirão for interditado outra vez, o clube desista da competição organizada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
ALTERNATIVA
O estádio Edgarzão, no vizinho município de Assú, será a melhor alternativa, caso o Nogueirão não reúna as condições de receber os jogos oficiais. Mesmo assim, teria de passar por uma vistoria dos técnicos da CBF.
O Edgarzão tem estrutura acanhada e o sistema de segurança não é bom.