Segunda-Feira, 24 de fevereiro de 2025

Postado às 09h45 | 30 Abr 2019 | Redação Caso Sávio: presidente Benjamin Machado admite falha do clube

Crédito da foto: Reprodução/TCM Benjamim Machado fala sobre episódio, desmente notícia de propina e afirma que o clube se descuidou

Na época quando surgiu a notícia sobre a escalação irregular do atleta Sávio durante o Campeonato Estadual, a diretoria do Potiguar evitou tocar no assunto para não atrapalhar o rendimento da equipe em campo. Sem uma posição oficial do clube, permitiram-se questionamentos entre os torcedores sobre o que teria acontecido: erro do clube por não ter lido como deveria o regulamento geral da competição? Se leu, então houve falha da comunicação entre a diretoria e a comissão técnica? Até o uso de propina foi especulado na história.

Depois de 20 dias após o fim da participação do alvirrubro na competição, a gestão do Potiguar se pronunciou a respeito da polêmica. No contato com o Blog de Marcos Santos, o presidente Benjamim Machado admitiu a falha, o descuido do clube por não lido, como deveria, o regulamento da competição.

“Eu não tinha ciência desse risco, faltou uma leitura mais aprofundada do regulamento da competição, o departamento verificou apenas o regulamento específico e o da CBF”, afirmou o dirigente, admitindo ter sugerido a escalação de Sávio na partida contra o Palmeira.

“Mas assumo a responsabilidade por ser o presidente e, como não tinha conhecimento desse risco, mandei que colocasse o rapaz (Sávio) na relação, já que o jogo era em casa e podíamos relacionar o máximo possível de atletas, dando assim visibilidade aos novos atletas da base do clube”, completou.

 

O regulamento geral da competição do RN veda a participação de atletas menores de 15 anos nos jogos profissionais. Como Sávio tinha 15 anos quando foi relacionado para o jogo contra o Palmeira, na abertura do Estadual, o Potiguar foi denunciado pelo Força e Luz e punido em ação que se estendeu até a esfera nacional da Justiça Desportiva. Hoje, Sávio tem 16 anos.

Durante a competição, entre os torcedores e também em alguns setores da imprensa local, especulou-se o uso de dinheiro na história, alguém da diretoria do Potiguar teria recebido um valor por alguém da família do jogador para colocá-lo na relação do jogo. Benjamim desmentiu a notícia. “Não tem o menor cabimento”, disse.

O Potiguar não se classificou para a Copa do Brasil de 2020 porque perdeu a final do 2° turno para o América num jogo em que tinha a vantagem do empate, mas poderia ter se classificado para competição nacional, por critério técnico, se não tivesse perdido os 6 pontos por uso irregular de Sávio. A CBF paga só na 1ª fase para clubes do nível do Potiguar a quantia de R$ 525 mil, já descontados os impostos.

“O sentimento é de tristeza, como também é de tristeza, não termos ganhado o segundo turno, já que disputamos em casa com apoio da torcida e jogando pelo empate”, ressaltou Benjamim, lembrando que o “Caso Sávio” servirá de lição.

“Esse episódio dos pontos perdidos certamente servirá de aprendizado não só para mim como também para todos que fazem o clube.”

Apesar da falha e decepções, o presidente alvirrubro citou o acesso à Série D de 2020 e o fato de ter sido escolhido pela Federação como o “melhor dirigente” do campeonato como algo positivo.

“Mesmo não vindo a cereja do bolo que era ser campeão, colocamos o clube novamente numa competição nacional em 2020 (Série D), mais uma vez recebo o reconhecimento da imprensa da capital por fazer o Potiguar grande, com tão poucos recursos e sem estrutura de trabalho”, encerrou.

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