Do EXTRA
A Justiça de Minas Gerais autorizou o goleiro Bruno Fernandes, condenado pela morte da modelo Eliza Samúdio, a se mudar para Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio. A defesa de Bruno pediu autorização à Vara de Execuções Penais da cidade mineira de Varginhas, onde Bruno continuava a cumprir a pena pelo crime em regime domiliciar.
A decisão do juiz Tarcísio Moreira de Souza, da Vara de Execuções Penais de Varginha, é do último dia 18. O Ministério Público foi a favor do pedido dos advogados do goleiro.
No início deste mês, o juiz havia pedido que Bruno informasse à Justiça se estava trabalhando. O magistrado determinou que a defesa do atleta fosse intimada para apresentar “comprovante de ocupação lícita” e informar o atual endereço do cliente. Na petição que respondeu aos questionamentos do juiz, a defesa de Bruno pediu a mudança de endereço de Varginhas para o Rio.
Em janeiro deste ano, o juiz Tarcísio Moreira já havia autorizado que Bruno se mudasse de Varginha, para Várzea Grande, no Mato Grosso, onde jogaria pelo Operário. O goleiro chegou a assinar um pré-contrato, mas o time acabou desistindo após a pressão de patrocinadores. O mesmo já havia acontecido com o Fluminense de Feira de Santana, na Bahia, que voltou atrás após a repercussão negativa com a contratação de Bruno.
Bruno deixou a cadeia em julho do ano passado após ganhar direito a cumprir pena em regime semiaberto. O juiz Tarcísio Moreira de Souza autorizou que o atleta fique em prisão domiciliar e determinou que ele cumpra algumas condições, como comprovar, num prazo de 30 dias, que estava trabalhando. De acordo com a decisão do magistrado, em caso da não comprovação de trabalho, Bruno “deverá prestar serviço em obra, ou instituição pública ou entidade conveniada com o Juízo da Execução”. Morando em Arraial do Cabo, Bruno terá que continuar cumprindo as condições impostas, mas a Vara de Execuções Penais do Rio que ficará responsável pelo processo de cumprimento da pena pelo goleiro.
Bruno foi condenado a uma pena de 20 anos e 9 meses pela morte de Eliza Samúdio, que ocorreu em 2010, e pelo sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho dos dois. Bruno também havia sido condenado por ocultação de cadáver, pena que foi depois extinta, após a Justiça de Minas entender que o crime prescreveu. O filho do casal vive com a avó materna no Mato Grosso do Sul.
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