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Postado às 09h45 | 27 Ago 2020 | Redação Adriano Apodi: De técnico em informática a jogador de futebol

Crédito da foto: Rennê Carvalho/ABC Adriano Apodi, durante lance no duelo com o ABC, chegou ao Potiguar neste segundo semestre

Marcos Santos/Da Redação

O lateral-direito Adriano Apodi, do Potiguar, precisou ralar para se firmar na carreira profissional. O atleta participou de alguns testes em clubes diferentes até conseguir se empregar no Ypiranga/BA, onde começou de atacante e depois virou lateral. Antes disso, Adriano deu uma pausa no futebol da base – atuava no Vitoria – por questões de necessidades, indo trabalhar em uma loja de informática em Salvador.

“Eu tive altos e baixos, tive contratempos. Quando sai da base do Vitoria em 2003, larguei um pouco o futebol, tive que trabalhar, pois os meus pais precisavam de minha ajuda. Trabalhei dos meus 13 até aos 20 anos na empresa Login Informática, lá fui de tudo um pouco. Trabalhei de técnico em manutenção de computadores, depois estoquista e também na contabilidade”, conta.

A retomada ao futebol veio oito anos depois, quando ele conseguiu uma oportunidade no Ypiranga.

“Com 21 anos, eu consegui voltar ao futebol, fazendo testes em vários clubes da Bahia e graças à Deus consegui me engajar no Ypiranga, da segunda divisão do Baiano. Lá comecei de atacante, mas logo em seguida vim para a lateral, aonde as coisas aconteceram e o mercado se abriu. Só muito grato a todas aquelas pessoas que me ajudaram tanto direto quanto indiretamente na minha carreira”, lembra.

As boas atuações permitiram um salto na carreira, com o jogador se transferindo para clubes importantes do Nordeste, como por exemplo o Bahia em 2015, e outros tantos. Foram 18 equipes diferentes, durante nove anos, após defender o Ypiranga.

SOBRENOME

Adriano tem 32 anos e é natural de salvador. O sobrenome Apodi se deve ao futebol e semelhança física com o ala Apodi, jogador famoso e que saiu cedo do Rio Grande do Norte para ganhar a vida de boleiro, começando a carreira Vitória – atualmente ele defende a Ponte Preta/SP.

“Naquela época eu tinha um cabelão igual ao dele, futebol semelhante, então isso pegou. Confesso que me atrapalhou porque as comparações geram expectativas, mas também me ajudou na mesma proporção”, admite.

Adriano carrega o apelido até hoje e nem dos tempos do Bahia, rival do Vitória, foi possível apagar esse sobrenome. “Na minha chegada, o presidente pediu para eu tirar o apelido, por questão de rivalidade e também porque o Apodi esteve no próprio Bahia e não foi bem. Mas não teve jeito”, recorda-se.

“Aqui no Potiguar gostaria muito que fosse só o Adriano, mas como esse nome já faz parte da minha vida de atleta, então fica difícil tirar. A responsabilidade é grande por ser comparado com um jogador que tem qualidades, que joga em clubes da Série A mesmo com a idade que tem, está em ascensão, mas curto isso. Aumenta a responsabilidade, mas estou acostumado”.

POTIGUAR

Adriano Apodi está otimista com o time do Potiguar. Ele acredita que o alvirrubro mossoroense chegará na Série D do Brasileiro bem preparado. O time estreará no dia 20 de setembro contra o Frei Paulistano/SE, em casa.

“Estão chegando reforços para nos ajudar, já chegou ai o Wilson, que teve uma passagem muito boa aqui, esperamos que ele repita o bom desempenho da primeira vez, então acredito que o nosso elenco vai brigar pelo acesso porque tem a qualidade que a Série D exige. A evolução é gradativa, mas estamos empenhados e focados para quem sabe, lá na frente, coroar o time e a cidade com o acesso”, concluiu.

 

 

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