Marcos Santos/Da Redação
A pretensão da diretoria do Potiguar de aproveitar um espaço da Associação Cultural e Desportiva Potiguar (ACD) para construir alojamentos para atletas, pensando na temporada 2022, caiu por terra. Com o terreno da ACDP na mira da Justiça para sanar débitos trabalhistas, tal plano se torna inviável.
Na semana passada, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) promoveu um leilão eletrônico com o terreno da ACDP avaliado em R$ 5,7 milhão, mas não houve arremate. Não há confirmação para um segundo evento, mas caso ele aconteça, o lance inicial cairá pela metade do valor, ou seja, R$ 2,85 milhão.
O Potiguar tentou vender a ACDP para evitar o leilão, mas a negociação com um grupo cearense não se concretizou. O presidente do clube, Djalma Junior, afirmou que o clube segue tentando negociar o imóvel.
“Estamos procurando possíveis compradores. Nós tínhamos um projeto pra lá, mas com esse impasse não é mais interessante fazer gastos ali”, disse Djalma ao blog de Larissa Maciel.
Circula notícia de que possíveis sócios antigos da ACDP estariam de olho na negociação, objetivando receber parte dos valores caso o imóvel seja vendido e para isso eles teriam respaldo jurídico para possível pleito na Justiça.
No entanto, esse cenário foi rechaçado pelo vice-presidente e advogado do Potiguar, Williams Segundo. De acordo com ele, o imóvel é 100% do Potiguar, dando a entender que o suposto direito, advindo de sócios que haviam no passado distante, foi dizimado ao longo do tempo.
“Quanto a chance de sócios terem acesso a possíveis valores recebidos pela ACDP, não há. A ACDP é 100% do Potiguar”, disse.
PLANO
Se conseguir vender o imóvel, a ideia do Potiguar, de acordo com Williams Segundo, é aproveitar uma parte do dinheiro para quitar débitos trabalhistas, cíveis e tributários e a outra parte construir um Centro de Treinamento. Com a dívida ativa e passiva, o clube deve pouco mais de R$ 1 milhão. O valor cairia de forma considerável com dinheiro em mãos para negociar.
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