O zagueiro Marquinhos espera que a final da Copa América entre Brasil x Argentina, sábado, às 21h, no Maracanã, seja como uma luta de boxe. Não, o defensor não projeta um duelo violento, mas sim uma partida com golpes e contragolpes dos dois lados, sem que uma das seleções tenha o controle o tempo inteiro.
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, o zagueiro analisou o clássico, fez elogios à Argentina e celebrou a participação em uma partida deste tamanho. “Esse é jogo que a gente gosta, grande, se tratando de final, principalmente contra a Argentina, é o que jogo que a gente fica ansioso, com vontade de jogar. A gente sabe da qualidade deles, a gente se prepara muito, procura analisar os pontos fortes e fracos que eles têm. Mas durante uma final existem muitas coisas que passam pelo aspecto mental, o aspecto estratégico, muito mais do que o aspecto individual”, disse o zagueiro, que ainda prosseguiu:
“A gente tem que saber lidar com todas as fases do jogo, vamos ter momentos bons e ruins. Em 90 minutos, é difícil uma equipe dominar totalmente, ter a bola o tempo todo. É uma luta de boxe, a gente atacando, o adversário, também. Quem errar menos possível, será definido nos mínimos detalhes. Temos que estar prontos em todas essas situações. Não só a defesa que defende, é todo um trabalho coletivo, começando lá na frente, que nos ajuda bastante lá atrás”
Um dos capitães da seleção brasileira, ao lado de Casemiro e Thiago Silva, Marquinhos recordou a semifinal da última Copa América, em 2019, quando o Brasil venceu a Argentina por 2 a 0. Na ocasião, os argentinos reclamaram bastante da arbitragem, e o craque Lionel Messi chegou a dizer que o torneio estava “armado” para o Brasil.
“A ferida foi mais nele do que na gente. A gente conseguiu o objetivo, não tenho contato com ele, não sei se ele procurou alguém depois para falar. Mas isso tem ficado constante. Sempre que o Brasil ganha tem alguém reclamando. A gente sabe o quanto eles querem ganhar do Brasil, que outras seleções almejam eliminar o Brasil. É sempre focar no que a gente tem que fazer, o que passou, passou, conseguimos nossos objetivos. A ferida é mais do lado dele do que do nosso. Agora é outra página, outro contexto”, disse o zagueiro.
Marquinhos também falou da suspensão de dois jogos ao atacante Gabriel Jesus pela expulsão nas quartas de final contra o Chile. Devido ao gancho, ele não poderá disputar a decisão da Copa América. Para Marquinhos, houve exagero por parte da Comissão Disciplinar da Conmebol na punição. “Pra gente foi difícil, é um jogador importante no nosso coletivo, que faz a diferença. A punição foi severa demais”.
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